O clima é tenso na região, e a Polícia Militar (PM) chegou a usar bombas de efeito moral para impedir que os manifestantes se aproximassem do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que os dois movimentos consideram "patrocinadora do golpe" contra a presidenta afastada.
O major Teles, responsável pelo policiamento da região nesta segunda-feira, disse aos jornalistas que a PM soltou as bombas porque os organizadores não tinham informado qual seria o trajeto da manifestação.
A PM não fez estimativa sobre o número de participantes do protesto, estimado pelos organizadores em 2.000.
Rio
Cerca de 300 pessoas estiveram reunidas por volta das 19h desta segunda (29) também em um ato contra o impeachment de Dilma Rousseff, em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio. O protesto foi convocado por organizações que compõem a Frente Brasil Popular, como sindicatos, associações de estudantes e movimentos sociais que defendem os direitos de minorias.
Os manifestantes gritam "Fora Temer" e defendem a permanência de Dilma na Presidência. O número de manifestantes não é muito grande porque a transmissão do interrogatório de Dilma no Senado, iniciada de manhã e que deve ir até o fim da noite, "roubou" público, acredita a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que participa do protesto. Os participantes planejam seguir pela Avenida Rio Branco em passeata.
"Nosso objetivo é fazer mobilizações todos os dias. Muita gente não veio porque está acompanhando (a sessão no Senado) pela TV. Dilma está se saindo muito bem, segura e firme. O fato de estar acompanhada de amigos, como Lula, seus ministros e o Chico Buarque a deixa confortável. Ela não deixa nenhuma pergunta sem resposta. Está lá por respeito à democracia, ao contrário de quem quer tirá-la da presidência. A receptividade está sendo boa", avaliou Benedita da Silva.
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