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sábado, 13 de agosto de 2016

Justiça proíbe mais dinheiro público nas Olímpiadas

A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que a União e que a Prefeitura não repasse recursos públicos para o Comitê Rio 2016 até que o órgão dê "ampla publicidade de todas as receitas e despesas ao público em geral", conforme decisão da juíza Marcia Maria Nunes de Barros, segundo a Folha de S.Paulo neste sábado (13). A Justiça também determinou que os recursos já repassados não sejam usados pelo Comitê, sob multa de R$ 100 mil, no caso de descumprimento da ordem.

O Comitê vem enfrentando dificuldades financeiras e precisou fazer cortes em serviços como energia, alimentação e pessoal. A interrupção do repasse pode provocar novos enxugamentos. Na manhã deste sábado (13), o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mario Andrada, disse que os advogados ainda não tiveram acesso à decisão e que "a preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos foi feita com base no diálogo entre o Comitê Rio-2016 e as autoridades".

Às vésperas da cerimônia de abertura, no dia 4, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a União e a Prefeitura do Rio repassariam R$ 270 milhões ao Comitê como ajuda à realização das cerimônias da Olimpíada e da Paralimpíada.

Ainda segundo a Folha, o processo judicial revela dados que, até então, eram omitidos pelas autoridades e pelo comitê organizador. De acordo com documentos, a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) assinou contrato de patrocínio. A agência se comprometeu a repassar R$ 30 milhões ao Comitê Rio 2016, dos quais R$ 20 milhões nesta segunda-feira (15).

Considerada apoiador de nível 2 dos Jogos, a Apex não tinha o nome exposto no site da Rio 2016, junto às demais empresas da categoria. A agência, que é vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, também não exibia em seu site qualquer símbolo da Olimpíada a que tinha direito de usar. Segundo a Folha, o modelo de patrocínio foi usado para que o comitê permaneça fora da alçada de fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União). A Justiça não se pronunciou sobre o repasse por esta via.

Para não prejudicar impeachment, Temer não quer tomar vaias no encerramento das Olimpíadas

As vaias na abertura das Olimpíadas no Rio de Janeiro deixaram o presidente em exercício, Michel Temer, com receio de participar do encerramento do megaevento esportivo.

Mesmo com a quebra de protocolo, sem ter seu nome citado para evitar reação do público, Temer foi vaiado nos oitos segundos em que declarou a abertura dos jogos.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o principal motivo de resistência de Temer é a proximidade com a votação final do imepachment no Senado. As Olimpíadas encerram dia 21 e o julgamento está previsto para iniciar dia 25. Ele avalia o desgaste desnecessário de uma manifestação pública.

Ainda segundo o jornal, assessores que defendem a presença dele acreditam que a participação poderia estreitar laços com o governo japonês. é esperada a participação do primeiro-ministro Shinzo Abe. Acidade de Tóquio no Japão, será a próxima cidade olímpica.

Existe a expectativa do presidente em exercício visitar o Japão, em setembro, na volta da viagem à China, quando participa do G-20, caso o impeachment seja confirmado.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Cupichas do PT dão calote e BNDES tem prejuízo de R$ 2,174 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve prejuízo líquido de 2,174 bilhões de reais no primeiro semestre, ante lucro de 3,515 bilhões em igual período de 2015, afetado, principalmente, por maiores despesas com provisões.

Tais despesas alcançaram 9,588 bilhões no primeiro semestre, frente 1,635 bilhão um ano antes.

"O aumento das despesas com provisões foi provocado, em grande parte, pela revisão do rating de empresas da carteira do BNDES e pelo impairment de investimentos da carteira de participações societárias em empresas não coligadas", afirmou o banco em comunicado.

Durante a era PT à frente do governo, o BNDES atuou de forma a privilegiar parceiros do partido nos escândalos de corrupção (Petrolão) e governos estrangeiros alinhados com o pensamento esquerdista e retrógrado (boliviarianos e governos ditatoriais de Cuba e África).

Com a divulgação das roubalheiras petistas, as empresas envolvidas tiveram fortes prejuízos, fazendo com que os investimentos feitos pelo banco de forma política despencassem. Paralelamente, a falência de governos como Venezuela e Cuba, fazem com que o banco dificilmente recupere os investimentos nestes países.

Boa parte do dinheiro emprestado, chegou ao PT por meio da corrupção, caixa 2 e alianças políticas.

Esquizofrenia petista: Agora o PT apoia a Lava Jato na esperança de salvar Dilma

O resultado da votação do impeachment (59 contra 21), que transformou a petista em ré, evidencia o quão difícil será seu retorno ao Palácio do Planalto. A expectativa é que ela seja julgada no final do mês.
Nessa fase, bastava o apoio da maioria simples (mais da metade dos senadores presentes) para que o impeachment seguisse adiante. No entanto, 59 votaram pela realização do julgamento - mais do que os 54 necessários para condená-la ao final do processo. Dos 81 senadores, apenas o presidente da Casa, Renan Calheiros, deixou de votar.

Para defensores da petista no Senado, como Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ), o elemento fundamental nos rumos do impeachment será a Operação Lava Jato, com eventual surgimento de novas revelações que comprometam o presidente interino Michel Temer.

O PT agora apoia a operação Lava Jato na tentativa de salvar a presidente louca. Quando a operação de Curitiba desvenda as falcatruas do ex-presidente Lula, ai os petistas atacam com ferocidade as investigações e o Juiz Sérgio Moro. É muita esquizofrenia!

No fim de semana, a imprensa brasileira divulgou que o empresário Marcelo Odebrecht disse, em prévia para acordo de delação premiada, ter doado R$ 10 milhões em dinheiro para o PMDB a pedido de Temer em 2014.

"Há uma dose de imponderável (nesse processo)", afirmou Farias, para em seguida reconhecer: "A gente sabe que é um processo difícil." Carta

Em nova tentativa de mudar votos a seu favor, Dilma vai divulgar uma carta pública defendendo que a população seja consultada sobre a antecipação da eleição presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite desta terça-feira com sua sucessora para fechar o texto.

A intenção de Dilma é se comprometer em apoiar a realização de um plebiscito caso seja absolvida e retorne à presidência. Alguns parlamentares aliados de Dilma, no entanto, avaliam que a carta chega tarde.

"A carta ajuda, mas não conseguiu virar votos (na votação dessa quarta)", reconheceu Costa.

Já o senador Romero Jucá (PMDB-RO), importante aliado de Temer, chamou a proposta de Dilma pela realização de um plebiscito de "peça de ficção política".

A aprovação de uma consulta popular para antecipar a eleição exigiria uma mudança na Constituição (três quintos dos votos do Congresso), mas a maioria dos parlamentares hoje apoia o governo Temer.

Jucá comemorou o resultado "expressivo" de 59 votos pela continuidade do impeachment. "Isso sinaliza que esse processo já está bastante discutido aqui no Senado. É muito difícil que haja um fato novo que em tese mude esse resultado", afirmou.

Para Jucá, o fato de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, ter presidido a sessão que aprovou a continuidade do processo contra Dilma afasta a tese de que o impeachment seria um golpe.

"Acho que agora temos que ter tranquilidade, cumprir o rito, dar todo o direito de defesa e, a partir daí, ainda no mês de agosto, concluir essa matéria, que é uma página que precisa ser virada para o país se reorientar e voltar a crescer", disse ainda.

A etapa do impeachment que acaba de ser concluída, chamada fase de pronúncia, serviu para os senadores analisarem a existência de provas de que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

Ela está sendo acusada de operações ilegais na gestão das contas públicas, e o entendimento que prevaleceu é de que há indícios suficientes de responsabilidade da presidente nesses atos. Seus aliados, porém, negam qualquer irregularidade e chamam o processo de fraude.

Retrato na parede
Embora a presidente siga lutando para retornar à Presidência, dentro de sua base política há quem considere que isso seria até ruim para o PT, que hoje teria um espaço político mais confortável como oposição ao governo Temer, para disputar em melhores condições as eleições municipais de outubro.

Antes do resultado da etapa de pronúncia, durante seu discurso nesta terça-feira, Lindbergh Farias chegou a indicar que a confirmação do afastamento seria positiva para a imagem da presidente afastada. Ele a comparou aos ex-presidentes João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964, e Getúlio Vargas, que se matou em 1954, após forte pressão para que deixasse o governo.

"Quanto à presidenta Dilma, eu estou tranquilo. Porque sei que se esse golpe se consumar, uma coisa ela vai conquistar: é seu espaço na história. A Dilma vai estar no panteão da história, junto com Getúlio e Jango, vítimas de um golpe perpetrados por essas elites conservadoras do nosso país", discursou.

Depois de Dilma dobrar a meta, Haddad também lança 'vaquinha' para militontos pagarem campanha

A campanha à releição de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo espera que 10% dos custos — de pelo menos R$ 10 milhões — sejam financiados pelo PT.

Mesmo com o duro baque nas contas, fruto das descobertas de inúmeros casos de corrupção e roubalheira, sabe-se que o Partido ainda tem muita "grana para queimar" não declarada, fruto dos 13 anos de saque aos cofres públicos promovido pela legenda, entretanto Haddad não quer dar na vista e prevê outras formas de financiamento.

O planejamento prevê ainda que um terço do que faltar venha de “vaquinhas online” em sites como Voto Legal. O restante viria de pessoas físicas interessadas em contribuir, segundo a campanha. Apesar de estar prestes a desaparecer do cenário político Brasileiro, o PT ainda conta com a ajuda dos militontos que ainda papagueiam suas mentiras por ai.

É quase certo que a desastrosa administração petista de São não chegue nem ao segundo turno da eleição de outrubro, entretanto, o PT prefere guardar todo o dinheiro não declarado para a reta final das eleições, afinal, sempre poderá ao final repetir seu já conhecido refrão: “O PT declara que todos os recursos de campanha vêm de doações legais, foram devidamente contabilizadas e aprovadas pelo TSE”.

E os militontos continuam acreditando!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

25 de agosto é a data final do Tchau Querida! Dilma será intimada nesta sexta

A data do julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff ficou definida para o dia 25 de agosto. Dilma deverá ser intimada nesta sexta-feira à tarde logo após seu advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, entregar ao Senado as alegações finais da defesa. O prazo de Cardozo é até as 13h40min. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, enviará um oficial de Justiça para intimar a presidente afastada, que não é obrigada a comparecer.

Com o adiantamento, será possível encerrar o processo de impeachment ainda neste mês como deseja o governo interino de Michel Temer. Lewandowski é responsável por comandar o processo de impeachment, de acordo com a legislação.

O presidente do STF vai se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários na próxima semana para definir os trâmites do julgamento, que poderá durar até cinco dias. Eles devem alinhar procedimentos do rito processual.

A acusação já declarou que não pretende convocar as seis testemunhas a que têm direito. Essa manobra visa acelerar o processo. Eles devem levar no máximo três pessoas na sessão. Com isso, aliados do presidente interino, Michel Temer, no Senado pretendem concluir o processo em, no máximo, três dias. Temer pretende participar da cúpula do G-20, nos dias 4 e 5 de setembro, em Hangzhou, na China, como presidente definitivo.

Aliados de Dilma dizem que a pressa do presidente interino ocorre por medo de que delações de envolvidos na Lava-Jato possam enfraquecê-lo até a votação final.

Magno Malta diz no Senado que "o dono do defunto chia, mas só falta enterrar o cadáver político de Dilma"

Em debate no Senado durante a abertura da Sessão que determinou os ritos finais do impeachment de Dilma Rousseff, o senador Magno Malta traduziu com maestria o sentimento de todos os brasileiros.

Senadores do PT e PCdoB, no intuito de ganhar tempo e atrapalhar a sessão, abarrotam a mesa de Lewandowski com “questões de ordem”, tudo para fazer com que os presentes fiquem desperdiçando tempo com banalidades ou mesmo com o nada absoluto.

O senador Magno Malta, em face disso, falou: “O dono do defunto poderá abrir o caixão quantas vezes quiser, mas em alguma hora terá que enterrar o defunto.”

Ele se referia a Dilma Rousseff, que já é politicamente "um cadáver insepulto".

O cadáver político de Dilma Roussef continua sendo aberto sem parar pelos representantes da organização criminosa, mas terá que ser enterrado até o final do mês.

O Brasil agradece!

Vida difícil para a petralhada: "Cumpadre" de Lula voltará ao xilindró

Em prisão domiciliar há cinco meses, o 'cumpadre' de Lula, José Carlos Bumlai deverá voltar à carceragem da Polícia Federal até o final do mês, decidiu o juiz Sergio Moro nesta quarta (10).

Bumlai, investigado sob suspeita de repassar dinheiro ao PT e de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, estava em casa, usando tornozeleira eletrônica, para um tratamento médico.

Ele cuidou de um tumor na bexiga e fez uma cirurgia cardíaca.

A defesa de Bumlai, que tem 71 anos, pedia a prorrogação da prisão domiciliar, argumentando que o empresário precisa se submeter a um programa de reabilitação cardíaca três vezes por semana.

Moro, porém, entendeu que os indícios contra o suposto pecuarista "se agravaram" – já que, além de réu na Lava Jato, ele também foi denunciado sob acusação de obstrução da justiça no STF (Supremo Tribunal Federal), por participar do plano de fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.

O empresário ainda é investigado por benfeitorias no sítio de Atibaia, que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo. Também pesam contra ele suspeitas de ter intermediado repasses de propina a políticos e agentes públicos.

"O risco à instrução e à investigação que motivou a preventiva não só é atual, como foi reforçado", disse Moro, em seu despacho.

Para o juiz, a saúde de Bumlai está "estabilizada", já que o tumor regrediu e o tratamento contra a doença foi finalizado.

As novas etapas do tratamento serão aplicadas na própria carceragem da Polícia Federal em Curitiba, determinou o magistrado – ou, se necessário, em hospitais privados da cidade, com escolta policial.

Bumlai deverá se apresentar à PF no dia 23 de agosto.

Acabou a 'presidenta'. "Sou amante da língua portuguesa.", ironiza a era PT a nova presidente do STF

Após ser eleita para substituir Ricardo Lewandowski no comando do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia afirmou, nesta quarta-feira, que prefere ser chamada de "presidente" em vez de "presidenta", termo adotado pela presidente afastada da República, Dilma Rousseff.

Durante a sessão desta quarta-feira, Ricardo Lewandowski concedeu a palavra a Cármen Lúcia e a questionou, aos risos, qual seria a forma pela qual a ministra preferia ser chamada.

— Concedo a palavra à ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita. Ou presidente?

— Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não? — respondeu Cármen Lúcia, também aos risos.

— Ontem até dizem que teve uma presidenta inocenta — completou Gilmar Mendes, em referência a discurso da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B - AM) em defesa de Dilma, na sessão que tornou a petista ré no processo de impeachment no Senado.

Após breve silêncio, Lewandowski concluiu, de forma bem-humorada:

— É bom esclarecer desde logo, não é?

Eleição
Cármen Lúcia deve substituir Lewandowski pelos próximos dois anos, a partir do dia 12 de setembro. O plenário do Supremo elegeu também o ministro Dias Toffoli para vice-presidente do Tribunal no próximo biênio. A eleição foi rápida e protocolar, já que a Corte tem tradição de escolher o ministro com mais tempo de casa que ainda não presidiu o Tribunal. Cármen presidirá o STF até 2018.

Mineira, Cármen foi indicada ao Tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela será a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte.

No último ano, Cármen Lúcia se destacou por declarações fortes em julgamentos importantes do Tribunal. Quando a segunda turma da Corte decidiu pela prisão do senador Delcídio Amaral (ex-PT), acusado de obstruir investigações da Operação Lava-Jato, Cármen fez discurso incisivo:

— Criminosos não passarão.

Como relatora do processo que decidiu que biografias podem veicular informações sem autorização prévia dos biografados, também ganhou notoriedade:

— Cala a boca já morreu, quem disse foi a Constituição — afirmou na sessão de julgamento.

Como praxe, os ministros marcam o voto em cédulas e o integrante que chegou ao Tribunal há menos tempo, no caso Luiz Edson Fachin, faz o escrutínio e anuncia o resultado.

O vice-presidente do STF nos próximos dois anos, Dias Toffoli, também foi indicado ao Tribunal por Lula. Toffoli foi Advogado-Geral da União no governo do petista, até ser indicado à Corte. Tradicionalmente, o vice-presidente divide com o presidente o período do plantão nos meses de recesso do judiciário.

Toffoli presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições presidenciais de 2014. Tido como um dos integrantes do STF mais próximos ao PT, Toffoli desagradou a sigla e o Palácio do Planalto durante o governo Dilma ao se aproximar do ministro Gilmar Mendes, tido como um dos mais críticos aos governos petistas.

O decano do Tribunal, ministro Celso de Mello, saudou a eleição dos novos presidente e vice-presidente.

— Cumpre-se neste momento uma tradição que tem prevalecido ao longo de muitas décadas nesta Corte Suprema — afirmou o decano.

Ele destacou que Cármen e Toffoli enfrentarão "muitos desafios" e que o STF "não renunciará ao desempenho de sempre, ao desempenho imparcial da jurisdição".

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Patetada final: Dilma e Lula se reúnem para produzirem carta apelo aos Senadores contra o impeachment

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira, 9, à noite, no Palácio da Alvorada, com a presidente afastada Dilma Rousseff, ex-ministros do PT e dirigentes de partidos aliados para definir o tom da carta aos senadores que ela deve divulgar amanhã.

Dilma está refazendo o documento e retirando do texto alguns itens que havia incorporado por sugestão do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), como a defesa da equipe econômica comandada por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda. A presidente afastada ficou "decepcionada" com Cristovam, que já se reuniu algumas vezes com ela no Alvorada, fez sugestões para a carta aos senadores, mas, depois disso, deu declarações favoráveis ao impeachment.

Além do jantar desta terça com Lula, Dilma também convidou senadores da base aliada para um almoço amanhã, no Alvorada. É ali que ela vai apresentar as diretrizes da carta aos senadores e ao povo brasileiro. Concebido inicialmente para ser uma espécie de "programa da volta" de Dilma, o documento já passou por várias mudanças e agora está sendo visto até por aliados como mais um aceno político, para marcar posição, diante de um impeachment considerado irreversível.

O presidente do PT, Rui Falcão, criticou, na semana passada, a proposta de um plebiscito popular para antecipação das eleições presidenciais de 2018, que é o principal argumento a ser usado por Dilma na carta aos senadores. Além disso, até agora não há acordo em relação ao uso da tese do "golpe" no documento. O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner disse a Dilma que ela deve retirar essa expressão do texto porque os parlamentares podem se sentir ofendidos, o que seria ainda mais prejudicial no julgamento do impeachment.

Lula chegou a Brasília no fim da tarde desta terça-feira. Amanhã, ele também pretende se reunir com deputados e senadores do PT para tratar do futuro do partido, que vive hoje a maior crise de seus 36 anos.

Até tu? Dilma pretende abandonar o PT e Lula após o impeachment

Nem bem ainda foi defenestrada do poder, Dilma já pensa em abandonar seu guru político, Lula da Silva e o partido que a elegeu, o PT.

Apesar de dizer “Vamos virar esse jogo”, frase repetida à exaustão por Dilma aos aliados, ninguém acredita que ela fale da votação no Senado.

Agora, a coluna "Esplanada" do jornal "O GLOBO", divulgou que depois das últimas trocas de farpas com a cúpula do PT, a presidente afastada Dilma Rousseff está determinada a deixar a legenda assim que o Senado selar a aprovação do impeachment, que se inicia hoje.

Inelegível por oito anos, a futura ex-petista irá dedicar sua agenda livre a causas nacionais e internacionais associadas a movimentos feministas e de combate à pobreza. Procura patrocinadores desde já.

A se espelhar em Lula, vem ai mais um Instituto fantasma para receber as contribuições das palestras que pretende ministrar. Duro é acreditar que alguém pagaria para ouvir o discurso desconexo da "coração valente".

Família do crime: Polícia Federal pede perícia financeira e patrimonial de filhos de Lula

A Polícia Federal determinou a realização de perícias financeiras na documentação fiscal e bancárias dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis e Claúdio Luis, e de seus sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna - donos oficiais do sítio de Atibaia (SP), que a Operação Lava Jato afirma ser do petista.

A PF quer saber se "há compatibilidade na movimentação financeira com os rendimentos declarados do investigado", se "há compatibilidade na evolução patrimonial com os rendimentos declarados" ou "evolução patrimonial a descoberto" dos filhos de Lula.

"Expeça-se memorando ao SETEC a fim de que sejam realizados exames econômico-financeiros na documentação bancária e fiscal da pessoa de Fábio Luís Lula da Silva", determina o delegado, em despacho no inquérito da Lava Jato que apura a compra e as reformas do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, que teriam sido realizadas com recursos do esquema de corrupção da Petrobrás. Além da Odebrecht e OAS, responsáveis pelas reformas, o pecuarista José Carlos Bumlai participou da reforma do imóvel.

No mesmo despacho, o delegado Márcio Adriano Anselmo determinou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva e o filho mais velho do casal Lula, Fábio Luís Lula da Silva, para prestarem "esclarecimentos" sobre a compra e reformas no Sítio Santa Bárbara. Bittar e Suassuna também serão interrogados.

Imóvel
A Lava Jato pediu ainda que o exame nas finanças do filho mais velho de Lula pede para levantar "registros do pagamento de aluguel do imóvel", em que mora Fábio Luís, em São Paulo, e também "registros de pagamentos pelas reformas do imóvel".

O pedido foi feito também para Claudio Luís.

Lula é investigado em três inquéritos principais na força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: um sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), sobre compra e reforma do tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, e sobre recebimentos do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras e Eventos - do ex-presidente.

No Supremo Tribunal Federal (STF), ele foi denunciado há dez dias por tentativa de obstrução às investigações da Lava Jato, junto com o ex-senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral. Os dois teriam tentado pagar para que o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró não fizesse delação premiada.

A Lava Jato considera ter elementos para apontar que o sítio e o tríplex, apesar de estarem registrados em nome de terceiros, eram de Lula - beneficiário de recursos de propina da Petrobrás. Para os delegados e procuradores, a compra e a reforma dos imóveis envolveram empreiteiras do cartel que fatiavam obras na Petrobrás, mediante pagamentos de propinas para PT, PMDB e PP.

Delação de ex-tesoureiro do PT denunciado na Lava Jato pode detonar de vez o PT

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou nesta terça-feira (9) mais um ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Ferreira, e outras 14 pessoas sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras.

Desta vez, o tema da denúncia é a obra do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro – investigada na 31a fase da operação.

A investigação apontou que R$ 20 milhões foram desviados do contrato, celebrado em 2008 e que atingiu R$ 1 bilhão ao todo.

Pelo menos R$ 1 milhão teriam sido destinados a Ferreira. Segundo a investigação, os valores foram direcionados a contas de seus familiares, empresas terceiras e até a um blog e uma escola de samba de Porto Alegre, por indicação do ex-tesoureiro.

Também foram denunciados os empresários responsáveis pela obra, das construtoras OAS (Leo Pinheiro, ex-presidente, e Agenor Franklin Medeiros), Construcap (Roberto Capobianco e Erasto Messias da Silva Júnior), Construbase (Genésio Schiavinato Júnior), Schahin (Edison Freire Coutinho e José Antônio Marsílio Schwarz) e Carioca Engenharia (Ricardo Pernambuco Júnior e Ricardo Backheuser Pernambuco).

Eles são acusados de acertar o preço da obra e pagar propina a agentes da Petrobras e a membros do PT, que daria sustentação política à diretoria de Serviços (responsável pela obra).

O ex-diretor da estatal Renato Duque também está entre os denunciados – além de quatro operadores do esquema, que fizeram a operação financeira, por meio de contratos de fachada e pagamentos no exterior.

São eles: Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales e o advogado Alexandre Romano. Os últimos três são delatores da Lava Jato e ajudaram a fundamentar a investigação.

OUTRO LADO
A defesa dos acusados não se pronunciou ainda.

Preso preventivamente em São Paulo, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira afirmou à PF na época que as empresas e pessoas beneficiadas pelos repasses "custearam despesas de sua campanha" a deputado federal, em 2010.

O advogado Alexandre Romano, segundo ele, que fez muitos dos pagamentos apontados na denúncia. atuava como seu "captador de recursos".

As transferências feitas a uma escola de samba, amigos e familiares, assim, seriam para quitar gastos de campanha.

"Dilma administrou pagamento de propinas", diz jurista antes de sessão no Senado

Antes do início da sessão do Senado que irá decidir se o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff passa à fase final de julgamento, o jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido original de cassação da petista, rebateu as tentativas da bancada do PT de anular o processo.

Sem os votos para engavetar o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) — nesta terça-feira, são necessários metade mais um dos senadores para dar continuidade —, os petistas vão apresentar questões de ordem na sessão pedindo a suspensão do processo devido à citação do presidente interino Michel Temer em uma delação de executivos da Odebrecht, ainda em etapa de negociação.

Temer teria solicitado R$ 10 milhões para campanhas do PMDB. Parlamentares aliados de Dilma também fizeram representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugerindo que ele peça o afastamento do presidente interino. O argumento é de que, pela lei, ele poderá ficar blindado de investigações pretéritas ao mandato caso seja efetivado no cargo de chefe do executivo.

— Isso não tem pé nem cabeça, suspender porque houve uma informação de uma delação. Se for por isso, vamos pegar também a informação de que o marqueteiro (João Santana) diz que Dilma não só sabia do dinheiro vindo da Petrobras, que alimentou a campanha de 2014, como ela administrou o pagamento de propinas no exterior. E era dinheiro da Petrobras. Se é para ter um pano de fundo para julgar o impeachment, vamos lá, vamos aumentar. Assim passamos o Brasil a limpo de vez — rebateu Reale.

O caso citado pelo jurista envolve o marqueteiro João Santana e a esposa dele, Mônica Moura. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, eles admitiram terem recebido recursos ilegais no exterior como forma de o PT quitar dívidas por serviços de campanha. Eles foram liberados da prisão em 1° de agosto e Mônica está negociando o fechamento de uma delação premiada.

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que presidiu a comissão do impeachment, afirmou nesta terça-feira, no Salão Azul do Senado, que não acredita em ambiente propício para o acatamento das questões de ordem do PT. Isso porque o parlamentar enviou, ainda na fase da comissão, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, 18 recursos dos aliados de Dilma, todos rejeitados. E a sessão desta terça-feira do Senado será conduzida justamente por Lewandowski, que, por determinação da lei, assume a condução dos ritos finais do impeachment.

— Se as questões de ordem forem similares às julgadas na comissão especial, acredito que serão rejeitadas — explicou Lira.

A sessão estava prevista para começar às 9h desta terça-feira, mas atrasou. O cronograma indica que, a cada quatro horas de sessão, haverá uma de intervalo. Como a projeção é de os trabalhos durarem 20 horas, é possível que a votação ingresse madrugada adentro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Casa caindo: PF intima Marisa e Lulinha a prestarem esclarecimentos sobre Sítio de Atibaia

A Polícia Federal intimou a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva e o filho mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luíz Lula da Silva, para prestarem "esclarecimentos" sobre a compra e reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. Foram intimados ainda os donos oficiais do imóvel, os empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna - ambos sócios da família.

"Queira Sr. Escrivão intimar para prestar esclarecimentos acerca dos fatos investigados no presente IPL as pessoas de Marisa Letícia Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, Jonas Leite Suassuna e Fernando Bittar", registra despacho do delegado Márcio Adriano Anselmo, do dia 4.

Lula é investigado em três inquéritos principais na força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: um sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), sobre compra e reforma do tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral paulista, e sobre recebimentos do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras e Eventos - do ex-presidente.

No STF (Supremo Tribunal Federal), Lula foi denunciado há dez dias por tentativa de obstrução às investigações da Lava Jato, junto com o ex-senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral. Os dois teriam tentado pagar para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fizesse delação premiada.

A Lava Jato considera ter elementos para apontar que o sítio e o tríplex, apesar de estarem registrados em nome de terceiros, eram de Lula - beneficiário de recursos de propina da Petrobras.

Para os delegados e procuradores, a compra e a reforma dos imóveis envolveram empreiteiras do cartel que fatiavam obras na Petrobras mediante pagamentos de propinas para PT, PMDB e PP.

Laudo produzido pela PF, neste inquérito sobre o sítio, apontou que o imóvel foi reformado em duas ocasiões pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, com a participação direta de outro alvo da Lava Jato, o pecuarista amigo de Lula José Carlos Bumlai.

A defesa de Lula afirmou em diversas ocasiões que tanto o sítio em Atibaia quanto o apartamento na cidade do litoral paulista não pertencem ao ex-presidente.

PT vai ao STF para impedir Impeachment de Dilma. Argumento é que Temer é culpado na Lava Jato

O líder da oposição no Senado, o petista Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o PT vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que adie a votação desta terça-feira (9) da sentença da pronúncia da presidente afastada, Dilma Rousseff, após a divulgação pela revista Veja de que o empresário Marcelo Bahia Odebrecht declarou, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, ter repassado R$ 10 milhões em dinheiro vivo ao PMDB, a pedido do presidente em exercício, Michel Temer.

O argumento do petista é que, se Temer for efetivado na presidência, ele não poderá ser investigado pela Lava Jato. Como argumento, ele citou o artigo 84, parágrafo 4º da Constituição para dizer que o presidente, na vigência do seu mandato, não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício das suas funções.

"Se a presidente Dilma for afastada, o presidente Temer estará blindado", disse Lindbergh. Ele considerou o fato "gravíssimo" e considera que isso muda o processo de impeachment. Amanhã, está marcada a sessão de pronúncia em plenário, na qual os senadores vão decidir, por maioria simples, se o processo está pronto para ir a julgamento.

O líder oposicionista afirmou que o partido cogita pedir a suspensão de Temer do exercício da Presidência diante dos novos fatos. Os advogados da legenda estão reunidos para preparar a ação que vão mover ao STF. Nesta tarde, a bancada de deputados do PT também vai se reunir para discutir a estratégia de atuação do caso.

Lindbergh defendeu ainda o afastamento imediato dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), em razão de acusações referentes à Operação Lava Jato. Padilha, segundo a revista Veja, teria recebido R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões exigidos por Temer a Odebrecht. Ele também participou do encontro em que Temer teria pedido a Marcelo Odebrecht "apoio financeiro" para o PMDB.

Serra, por sua vez, foi citado em reportagem da Folha de S. Paulo de ontem, segundo a qual executivos da Odebrecht disseram a procuradores que atuam na Lava Jato em Curitiba que o atual chanceler recebeu em 2010 R$ 23 milhões, por meio de caixa dois, para sua campanha à presidência da República. Uma parcela dos recursos foi paga no Brasil e outra parte foi depositada em contas bancárias no exterior. Temer, Padilha e Serra negaram quaisquer irregularidades em campanhas.

Wall Street Journal diz que Lula e Dilma enganaram o mundo em fraude política e já deviam estar presos

O jornal americano Wall Street Journal traz neste final de semana um artigo escrito por uma de suas editoras Mary Anastasia O'Grady bastante crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Dilma Rousseff, chamado "Como Lula enganou o mundo" (em tradução livre).

O artigo começa falando sobre os Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro de 2016, que tiveram início sem grandes incidentes, o que parece "um milagre" após semanas de "relatos sombrios" sobre construções de má qualidade, segurança despreparada e engarrafamentos monstruosos. "Se os atletas, visitantes e cariocas passarão as próximas duas semanas sem uma catástrofe, esta continua a ser uma questão em aberto", afirma a publicação.

Porém, destaca a editora, não era para ser assim. "Quando o Rio venceu a disputa para sediar os jogos, em 2009, não estava previsto que o Brasil estivesse nesta situação, com um déficit orçamentário de cerca de 8% do PIB, inflação próxima de 10%, dois anos de contração econômica e diversos escândalos de corrupção", diz ela.

E é nesse contexto que O'Grady fala sobre Lula: em 2009, o petista estava no comando há mais de seis anos e era para o mundo algo como um "rock star". Sua retórica denegria o liberalismo econômico da década de 1990, "enquanto mostrava um novo e melhorado tipo de socialismo com um toque de samba", diz a publicação. O WSJ afirma que grande parte da região comprou a versão do grande governo sob o comando de "Lula 2.0", enquanto preocupações sobre o retorno do populismo da esquerda latino-americana pareciam menores com as garantias de que desta vez seria diferente.

Isso porque Lula era um homem da esquerda, mas não era Hugo Chávez. A The Economist destacou em 2009 o "Brasil decolando", com a previsão da PWC de que São Paulo seria a quinta cidade mais rica do mundo em 2025 e que o Brasil seria uma superpotência mundial.

Após dois anos, Lula deixou o cargo e foi substituído por Dilma Rousseff. Segundo o jornal, em 2016, os Jogos Olímpicos deveriam ter mostrado o paraíso socialista que haviam cultivado: uma utopia urbana misturada com habitação a preços acessíveis, campeões nacionais da indústria e redes de transportes públicos organizados para proporcionar uma experiência tranquila. Porém, não foi isso o que se viu, diz o WSJ, destacando os diversos problemas que o Brasil teve para organizar os Jogos.

"O mundo parece atordoado, mas não deveria estar. O Rio é um microcosmo do Brasil de Lula, onde a burocracia dirige de cima para baixo e os seres humanos são olhados depois. A única coisa que falta na analogia com o Rio é a corrupção que floresceu no âmbito federal durante 14 anos de governo do PT", diz a editora. "Os políticos do Brasil aspiram a grandeza de primeiro mundo, mas insistem em preservar as instituições do terceiro mundo. Não é porque eles não entendem a eficácia das instituições independentes e freios e contrapesos. É justamente porque eles entendem isso".

A editora faz elogios a Fernando Henrique Cardoso que, segundo ela, pareceu uma exceção à regra ao aderir a políticas de estabilidade macroeconômica e maior transparência do Banco Central. Já com Lula e Dilma, aos poucos, a disciplina foi se corroendo. "A Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) expandiram rapidamente o crédito, o que foi inflacionário e arriscado, mas banco central ignorou o problema".

"Enquanto Lula e Dilma buscaram vender o Brasil como um jogador de classe mundial, pouco fizeram para reduzir o fardo do governo sobre os empresários", diz o jornal, citando o estudo de 2016 do Banco Mundial "Doing Business" em que classifica o Brasil na posição 174 entre os melhores lugares para se começar um negócio entre 189 países. Além disso, eles destacam que, no final de julho, Lula foi acusado por obstrução da justiça em uma investigação de corrupção, enquanto Dilma está sofrendo um processo de impeachment. "Se a fraude política para levar uma nação para a ruína fosse crime, ambos já teriam sido condenados", finaliza.

Edinho Silva: MPF abre mais um inquérito contra tesoureiros do PT. Desta vez por caixa 2 na campanha de 2014

O Ministério Público Federal decidiu abrir inquérito para apurar, em Brasília, denúncia de caixa dois contra Edinho Silva, ex-ministro da Comunicação Social da Presidência. O processo tem origem em depoimento prestado por um dos delatores da Lava Jato, o ex-senador petista Delcídio Amaral.

Candidato ao governo de Mato Grosso do Sul em 2014, Delcídio disse ter pedido um socorro financeiro a Edinho, que era caixa da campanha de Dilma à reeleição, para liquidar uma dívida de sua campanha com duas empresas de assessoria, a FSB e a Black Ninja. Coisa de R$ 1 milhão.

De acordo com Delcídio, Edinho sugeriu que os credores emitissem notas fiscais em nome do laboratório farmacêutico EMS, que faria os pagamentos. Nessa versão, as agências chegaram a providenciar as notas e a pagar os tributos incidentes sobre elas. Mas cancelaram as transações depois que vieram à luz as denúncias de corrupção.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot já havia requisitado ao STF autorização para abrir inquérito sobre o caso. No entanto, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, enviou o processo para a primeira instância da Justiça Federal de Brasília.

Deve-se a decisão de Teori à cassação de Delcídio pelo Senado. Sem o escudo do mandato parlamentar, o ex-senador perdeu o direito de ser processado e julgado no foro especial do STF. O processo ficou em Brasília porque Teori entendeu que a denúncia não tem relação com o escândalo da Petrobras, investigado em Curitiba.

Após analisar a papelada recebida do STF, a Procuradoria reiterou, nesta segunda-feira (8), o pedido de abertura de inquérito. Dessa vez a requisição foi endereçada à 10ª Vara Federal de Brasília, para onde os autos foram enviados. A investigação será conduzida pela Polícia Federal e pelo próprio Ministério Público.

A Procuradoria recorda no pedido de abertura de inquérito que Edinho Silva e o laboratório EMS negaram as acusações de Delcídio. Mas os investigadores sustentam que os indícios colecionados até o momento justificam a continuidade das invesrtigações. Apura-se a prática de pelo menos dois crimes: corrupção e lavagem de dinheiro.

domingo, 7 de agosto de 2016

Padre irlandês ficou com raiva ao ver Vanderlei Cordeiro acender Tocha Olímpica

O ex-padre irlandês Neil 'Cornelius' Horan, que atacou Vanderlei Cordeiro de Lima durante a maratona da Olimpíada de Atenas-2004, afirmou ter ficado com raiva quando o viu acender a pira durante a cerimônia de abertura da Rio 2016. A informação é do The New York Times.

O irlandês, que foi afastado do sacerdócio, agarrou o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a maratona, e o derrubou. Vanderlei acabou chegando em terceiro lugar.

"Eu olhei para Vanderlei e pensei: 'você não seria a estrela que é hoje se não fosse por mim'", disse ele ao "The New York Times". De acordo com o jornal, a raiva vem de uma tentativa fracassada de reconciliação.

Segundo a reportagem, Horan disse ter enviado duas cartas, escritas em português, para Vanderlei, que nunca as respondeu. "Eu realmente gostaria de conhecer ele e sua família. Ele falhou miseravelmente no básico da decência humana e da cortesia", afirmou.

O padre afastado também disse que sentiu-se atacado por declarações de Vanderlei, que teria o chamado de religioso fanático. "Vejo isso como um ataque pessoal a mim, a minha missão cristã e ao próprio Cristo".

Ele afirmou que o ataque à Vanderlei foi uma obra do destino. "Não sei dizer porque ataquei aquele jovem. Acredito que existe destino e que algumas coisas são predestinadas."



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