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sábado, 1 de outubro de 2016

Gilmar Mendes diz : "Analfabetos não podem fazer leis"

Ao comentar a Lei da Ficha Limpa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse que "analfabetos não podem fazer leis". "Todos nós estamos vendo o custo que tem para nós uma lei mal feita", afirmou.

O comentário foi feito durante o julgamento de um recurso apresentado por um candidato que pretendia concorrer à prefeitura de Quatá, no interior paulista. O político teve o pedido de registro de candidatura indeferido por já ter sido condenado por improbidade administrativa.

"Analfabetos não podem fazer leis, pessoas despreparadas não podem fazer leis, porque depois isso dá uma grande confusão no Judiciário. Nós temos de ter muito cuidado com esse entusiasmo juvenil na feitura de leis", disse.

Apesar de dizer que "analfabetos não podem fazer leis", Gilmar deu voto favorável na terça-feira passada ao registro de um candidato a vereador acusado de ser analfabeto. O Ministério Público Eleitoral entrou com um recurso contra o registro de um candidato a vereador em São Gonçalo do Piauí, no Piauí, que havia completado apenas o primeiro ano do ensino fundamental. Por 5 votos a 2, o registro foi mantido.

No dia 17 de agosto, Gilmar afirmou que a lei parece ter sido feita por "bêbados". Depois, disse que não queria ofender os "bêbados".

PT encolhe, só sobrou "Minas Gerais e a Bahia" para se refugiarem

Diante de tantos escândalos, o PT acabou perdendo a hegemonia que detinha sobre os demais partidos da esquerda. Com isso, a legenda se tornou menos competitiva para a disputa municipal de 2016, pois não conseguiu coordenar uma reunificação da esquerda antes da eleição.

Segundo Victor Oliveira, da Pulso Público, a eleição municipal servirá de termômetro para que o PT saiba se ainda tem potencial para emplacar um presidenciável no pleito de 2018.

Mesmo diante de um ciclo preparatório, durante as eleições 2016, o PT está tão chamuscado e abatido que não sobrará muito para os Petista não. O PT ainda não acabou, mas falta bem pouco pra isso acontecer.

No mesmo sentido, Murilo Aragão, da Arko Advice, acredita que as chances do PT “encolheram muito” por causa da fragmentação da esquerda. Indagado sobre a possibilidade de o bloco se reorganizar até a eleição presidencial, o cientista político da Arko Advice diz que não há espaço para isso.

Ninguém quer pagar o preço pelos erros do PT. Os partidos de esquerda querem aglutinar o voto do petista frustrado. A tendência é que o partido esteja muito mais fraco mesmo, por causa da perda do espaço eleitoral e da narrativa”, avaliou Aragão.

“Em tese, é pouco tempo para se recuperar. Mas nada é impossível. Porém, se perder a prefeitura de São Paulo, não conseguir eleger nenhum prefeito em uma capital importante, continuar com [o governador] Fernando Pimentel fragilizado em Minas Gerais e com Lula impossibilitado de concorrer, o PT talvez não tenha candidato em 2018”, diz Oliveira.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

OAB, pede a prisão do baderneiro petista que preside a CUT

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco (OAB-PE) pediu a prisão da presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, caso a entidade não cumpra determinação judicial de garantir quantidade mínima de funcionários em atendimento nos caixas durante a greve da categoria.

Uma liminar do (TRT) determinou a abertura das agências por duas horas por dia durante o período da greve, com 30% dos funcionários trabalhando.

O sindicato argumentou que já está cumprindo a Lei de Greve, com 30% da categoria em serviço, não necessariamente em todas as agências.

Na ação civil pública, além da prisão da sindicalista, a OAB pede o aumento do valor da multa por descumprimento da ordem, de R$ 10 mil para R$ 100 mil diários.

A origem do embate entre a OAB e o Sindicato dos Bancários é o pagamento de alvarás, que só pode ser feito nos caixas dentro das agências.

Os alvarás são ordens de pagamento da Justiça em favor de uma pessoa física que servem, por exemplo, para o recebimento de pensão alimentícia depositada em juízo, de valores resultantes de reclamações trabalhistas ou de discussões locatícias.

Se o pagamento do alvará não é feito, os advogados ficam sem a sua remuneração, já que os honorários são um percentual cobrado, normalmente, em cima do recurso ganho judicialmente.

Em assembleia, os bancários decidiram que a responsabilidade de organizar o atendimento (usando o contingente que não aderiu à greve) é dos bancos, e não do movimento grevista.

O sindicato considerou o pedido da OAB à Justiça um desrespeito ao direito de greve e disse que lei que determina o funcionamento de 30% do serviço já vem sendo cumprida e que os alvarás deveriam ser pagos em agências que estão dentro dessa margem.

Caixa
A presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues, disse que o Banco do Brasil se organizou para disponibilizar o pagamento dos alvarás, mas a Caixa Econômica Federal se negou a fazer o mesmo.

“A Caixa não quer convocar, porque ela tem gente na agência. Inclusive em notas oficiais ela tem dito que tem 40% do contingente trabalhando. A categoria aprovou por unanimidade que a Caixa pode abrir a agência que o sindicato ou os bancários não vão intervir. Qual é o problema? É que querem que o sindicato faça uma coisa que não é de sua alçada, que é impor aos bancários que estão de greve, que tem a função de caixa, que trabalhem. A gente não tem esse poder”, argumentou.

Sobre o pedido de prisão, a sindicalista disse que não pode ser responsabilizada por uma decisão que cabe aos bancos. “Eu não respondo pela Caixa. Eu respondo pela política do sindicato, pela greve, pela convocação, pelas assembleias, mas não pela gestão do banco. Mas se eu for presa é por uma causa justa, porque estou defendendo um interesse da categoria e estou seguindo rigorosamente o definido em assembleia.

Em nota, a Caixa informou “que a federação e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários devem providenciar o cumprimento da decisão, convocando os empregados para que ao menos 30% compareçam para trabalhar, propiciando o atendimento mínimo necessário, conforme determinação judicial”.

O presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte, disse que a cobrança foi feita ao sindicato, e não aos bancos, porque a entidade é a responsável pela deflagração da greve.

“É ele quem representa todos os bancários. A instituição bancária não pode convocar funcionários em greve sob pena de ser acusada de assédio moral.”

“O direito de greve é legítimo, a reivindicação é razoável, mas o exercício desse direito vem ocorrendo em desacordo com a legislação. A adesão dos caixas ao movimento é integral, então as atividades bancárias como o pagamento de alvarás, que não pode ser feito por via eletrônica, vem sacrificando a população”, argumentou.

A OAB diz que o percentual de 30% de funcionários em serviço determinado por lei não está sendo cumprido, porque há serviços totalmente parados.

Greve

Os bancários estão em greve há mais de três semanas em todo o Brasil. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 14,78%, dos quais 5% são de aumento real.

A pauta inclui reajuste sobre a participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales alimentação e refeição, e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880).

Atualmente, os bancários têm um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 para os funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). Até agora, a proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de reajuste de 7% para os salários e benefícios, além de um abono de R$ 3.300. O reajuste seria aplicado também ao PLR.

Email, revela falcatruas de Lula em favor da corrupção da Odebrecht

Em um e-mail de janeiro de 2005 enviado por Marcelo Bahia Odebrecht - preso pela Operação Lava Jato há 1 ano e 3 meses - para executivos do grupo ele afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se disponibilizado para "ajudar a destravar qualquer dificuldade para fazer acontecer".

O documento em poder da força-tarefa, em Curitiba, integra o pedido de conversão da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, feito nesta sexta-feira, 30, de temporária (de 5 dias) em preventiva (sem prazo).

Palocci foi detido alvo da 35ª fase, batizada de Omertà, acusado de receber R$ 128 milhões em propinas da Odebrecht para o PT, entre 2008 e 2013.

"Lula ficou de eleger 3 projetos e conduzir o assunto através de um grupo (Palocci, Dilma e Min. Transportes) ficando disponível para ajudar a 'destravar' qualquer dificuldade para fazer acontecer", escreve Odebrecht, em e-mail de 19 de janeiro de 2005, para 9 executivos do grupo.

O assunto tratado era da agenda que o pai, Emílio Odebrecht, teria acertado com o ex-presidente. "Segue a agenda que meu pai repassou com Lula em sua reunião de 6ª."

Para a Lava Jato, Palocci, que era tratado como "Italiano" nas mensagens cifradas da Odebrecht, seria um dos canais do grupo com o governo federal na obtenção de vantagens na Petrobras - e em outras áreas de negócios -, mediante o pagamento de propinas. "Pediu para que nós liderássemos os três projetos (acertou-se que envolveríamos outras empresas junto com a ABDIB). Ele ficou de retornar via o Italiano para nós, de como conduziríamos os próximos passos", complementa Odebrecht, na mensagem. "(Se o italiano não retornar eu o procuro semana que vêm)."

O delegado Filipe Hille Pace, que pediu a prisão preventiva de Palocci, destaca de no e-mail Odebrecht também relata que o próprio Lula se prontificou a "destravar" qualquer dificuldade que a Odebrecht tivesse "junto à estes projetos que lhe foram prometidos".

Lula, nem a ex-presidente Dilma Rousseff, são alvos desse inquérito. O documento, segundo o delegado, foi anexado para comprovar que Palocci era interlocutor do Grupo Odebrecht em supostos negócios escusos com o governo federal.

"Marcelo Odebrecht obteve de seu pai, Emilio Alves Odebrecht, a informação de que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha ficado de escolher três projetos, possivelmente da esfera federal, para serem entregues para execução/contratação pela/da Odebrecht, tendo designado Antonio Palocci e outros para conduzirem o assunto", interpreta o delegado.

"Amigo"
O delegado da Lava Jato reuniu ainda um e-mail de 2014 para mostrar que "amigo do pai" seria referência ao ex-presidente Lula. "Deve ser ressalvado que o documento investigativo foi utilizado, neste momento, apenas para expor os motivos que permitiram concluir que o 'amigo do pai' de Marcelo Bahia Odebrecht é Luiz Inácio Lula da Silva."

Lula virou réu da Lava Jato em Curitiba na última semana, mas é alvo de outras apurações. No documento em que pediu a conversão da prisão de Palocci, Pace registrou "as novas análises - especialmente o e-mail que segue abaixo - corroboram parte da acusação criminal feita recentemente pelo Ministério Público Federal em face do ex-Presidente da República, por meio da qual lhe imputam ter se utilizado de pessoas próximas a ele para a prática dos crimes pelos quais é processado".

Para o inquérito de Palocci, o delegado destaca que novos relatórios trouxeram dados dessa ligação do ex-ministro com Lula e que "eventuais desdobramentos e investigações a partir do conteúdo" serão repassados para investigadores da equipe da Lava Jato.

Presidente do PT, chama ministro da justiça de "faccioso”

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, chamou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de “ministro faccioso”. Falcão usou o twitter na manhã desta segunda-feira para questionar a nova fase da Lava-Jato após a declaração de Moraes, no domingo, de que haveria nova operação. “Não vai acontecer nada com o golpista Alexandre Morais, ministro faccioso da Justiça?”, escreveu Rui Falcão. O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci foi preso nesta segunda-feira.

No domingo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em encontro com representantes do Movimento Brasil Limpo (MBL), em Ribeirão Preto (SP), sugeriu que esta semana haverá uma nova fase da Operação Lava-Jato. O ministro aproveitou o encontro para também elogiar a Lava-Jato e afirmar que a investigação conta com o “apoio total à Polícia Federal”.

— Teve a semana passada (operação) e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim - disse o ministro, segundo o “Estadão".

Mais tarde, Moraes divulgou nota em que ressalta que afirmação sobre a nova fase da Lava-Jato foi uma força de expressão. Segundo a nota, “a frase não foi dita porque o ministro tem algum tipo de informação privilegiada ou saiba de alguma operação com antecedência, e sim no sentido de que todas as semanas estão ocorrendo operações”.

O ex-ministro e ex-presidente do PT Tarso Genro também reagiu nas redes:

“Prisão desnecessária de Palloci prova que estamos sob "exceção". Em março denunciei isso no Sul 21 e Moro confirmou isso palestra recente”

A prisão de Palocci é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira. Até às 9h20, eram 17, 6 mil tweets falando sobre o ex-ministro.

Chapa Dilma e Temer, novos depoimentos podem tornar Dilma Inelegível

Mais dois delatores da operação Lava Jato vão depor à Justiça Eleitoral para instruir as investigações contra a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer em 2014. O senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró vão depor ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação proposta pelo PSDB que apura se houve abuso de poder político e econômico na última eleição presidencial.

Os dois não faziam parte das oito testemunhas inicialmente convocadas para prestar esclarecimentos à Justiça eleitoral, mas a lista de depoimentos cresceu durante as últimas semanas, conforme as audiências têm sido realizadas.

Cerveró e Delcídio foram incluídos como testemunhas em despacho da terça-feira (27). "Determino a oitiva, na condição de testemunhas do Juízo, dos Senhores Delcídio do Amaral Gomes e Nestor Cuñati Cerveró, cujos endereços devem ser levantados pela Secretaria da Corregedoria-Geral deste Tribunal Superior Eleitoral", escreveu o juiz auxiliar Bruno Lorencini, que trabalha com o relator do caso, ministro Herman Benjamin, corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

Os depoimentos de Cerveró e Delcídio ainda serão agendados. Em delação premiada, Delcídio afirmou ao Ministério Público Federal que um esquema de desvio de dinheiro nas obras de Belo Monte abasteceu campanhas eleitorais do PT e do PMDB de 2010 e 2014.

Herman Benjamin tem viajado para diversos Estados para colher os depoimentos. Foi ele quem ouviu, por exemplo, o testemunho de dois executivos da Andrade Gutierrez - também delatores da Operação Lava Jato. O ex-presidente do grupo, Otávio Azevedo, afirmou ao ministro que houve pagamento de propina disfarçado de doação oficial à campanha de 2014 que elegeu Dilma. Segundo ele, a Andrade repassou R$ 15 milhões oriundos de propina pelas obras da construção de Belo Monte ao diretório do PT e parcela desse valor, cerca de R$ 1 milhão, foi repassado à campanha petista.

Se os ministros do TSE entenderem que houve desequilíbrio nas eleições, podem tornar Dilma inelegível - já que o Senado, no processo de impeachment, manteve a aptidão da petista para concorrer em eleições. Já para o presidente Michel Temer, as investigações podem causar ainda a cassação do mandato. Os advogados do peemedebista defendem na corte eleitoral que as condutas de Temer e Dilma sejam analisadas de forma separada.

A investigação está na fase de oitiva de testemunhas. Estão previstas para esta quinta-feira oitivas da esposa do marqueteiro João Santana, Mônica Moura, e do empresário Cláudio Augusto Mente. Já estão previstos para os próximos dias os depoimentos de Giles Azevedo, ex-assessor pessoal de Dilma, e Marcelo Neri, ex-presidente do Ipea.

Perícia

A fase anterior à oitiva de testemunhas foi a realização de perícia sobre a contabilidade de empresas que prestaram serviços à campanha que elegeu Dilma. Os técnicos do TSE encontraram irregularidades nos documentos. A suspeita de investigadores é de que as empresas sejam de fachada. A defesa de Dilma, no entanto, encaminhou um relatório divergente ao TSE, questionando as informações analisadas. O documento tem mais de 8 mil páginas. A Corregedoria-Geral Eleitoral pediu que os advogados da petista indiquem qual documento querem que seja levado em consideração pela corte, considerando o tamanho do documento.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Políticos, estão preocupados com a série de assassinatos que vêm ocorrendo

Uma série de assassinatos de candidatos domina a campanha para as eleições municipais do próximo domingo no Brasil e provoca temores de que as tensões políticas enveredem por territórios perigosos.

Os crimes se concentram principalmente no Rio de Janeiro, com 15 assassinatos de candidatos a prefeito ou vereadores nos últimos nove meses, ainda que grandes atentados tenham ganhado as páginas principais durante esses dias.

Um candidato à Prefeitura de Itumbiara, em Goiás, José Gomes Rocha, e um policial foram mortos a tiros nessa quarta-feira (28), durante uma carreata da campanha onde o atual governador do estado participava, José Eiton Júnior, que ficou gravemente ferido. O agressor, identificado como um funcionário da Prefeitura, foi morto.

Em Minas Novas, Minas Gerais, o prefeito e candidato Gilberto Gomes da Silva foi baleado também na quarta-feira por um motociclista, mas saiu ileso.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, prometeu impulsionar a "investigação dos possíveis atentados políticos contra candidatos".

O candidato de Itumbiara pertencia ao PTB (direita) e Gilberto Gomes da Silva é um dos líderes do PPS (esquerda). As autoridades mobilizaram 20 mil militares para proteger os comícios, com especial atenção a 266 municípios de onze Estados. Uma opção recebida em muitos casos com ceticismo, dado que "os aparelhos repressivos do Estado não entendem os conflitos dessas comunidades e, por causa disso, são ineficazes", afirmou o cientista político e juiz João Batista Damasceno, citado nesta quinta-feira pelo jornal O Dia.

Os brasileiro irão eleger em 2 de outubro - com o segundo turno marcado para o dia 30 - mais de 5.500 prefeitos, em um ambiente político marcado pela recente destituição da presidente Dilma Rousseff, substituída por seu vice-presidente, do PMDB-RJ (centro-direita), Michel Temer.

Milícias e lutas por territórios no Rio No Rio de Janeiro, o assassinato na segunda-feira do presidente da escola de samba Portela e candidato a vereador voltou a evidenciar o papel das milícias.

Marcos Vieira de Souza do PP (direita), conhecido como Falcão, de 52 anos, foi morto por desconhecidos em Madureira. Falcão foi preso em 2011 sob suspeita de pertencer à milícia que opera em Madureira, bairro da escola de samba, mas a justiça o declarou inocente.

"Estamos assistindo uma série de assassinatos no subúrbio do norte do Rio e tudo indica que há uma conexão entre interesses políticos em conflito e as milícias", disse à AFP Michel Misse, especialista em assuntos de violência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

No total, 15 candidatos ou pessoas relacionadas às campanhas eleitorais foram mortos na Baixada Fluminense, pobre subúrbio da zona norte da cidade.

As milícias são herdeiras dos "esquadrões da morte" que na época da ditadura militar (1964-1985) "eram contratadas por comerciantes ou chefes políticos para 'limpar' a Baixada de pequenos delinquentes ou adversários incômodos", relembra outro especialista do tema, Ignácio Cano, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Atualmente, os milicianos - policiais e ex-policiais - expulsam os traficantes de droga e cobram por seus serviços.

"É um negócio muito lucrativo, como o do tráfico, e (seus participantes) entram na política porque têm necessidade do poder para se proteger e aumentar seus territórios", aponta a pesquisadora Alba Zaluar, da Uerj.

Segundo o jornal O Globo desta quarta-feira, as milícias cobram até 120.000 reais para candidatos que queiram fazer propaganda em áreas sob seu controle.

O delegado Giniton Lages, que investiga 13 dos 15 assassinatos, explica: "A milícia (...) está relacionada com o poder público e diversifica seus negócios. E seus membros têm que matar para se impor".

Diversificar os negócios

As milícias oferecem também diversos serviços aos moradores das regiões abandonadas pelo Estado, na busca de consolidar seu poder.

Serviços alternativos de transporte ou de segurança, venda de bujões de gás, instalação de Wi-Fi são algumas das atividades propostas. "Com bons contatos nas prefeituras, fica fácil bloquear uma batida policial" que procura freá-las, afirma um líder político, que pediu anonimato.

"Nossas instituições não estão percebendo, ou não querem ver, a profissionalização do crime" nem "a exportação para outros estados do modelo de facções e milícias, criado no Rio de Janeiro e em São Paulo", adverte o jornalista Chico Regueira, do jornal O Globo, em um editorial intitulado "Narcoestados, presente ou futuro?".

PF investiga "pagamentos" a Mantega, Vaccarezza e Zaratini

Ao avançar sobre as anotações e codinomes utilizados pela cúpula da Odebrecht para o pagamento de propinas em obras em todo o país, a Polícia Federal aponta a suspeita de repasses ilícitos ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, ao ex-deputado e ex-líder do Governo na Câmara Cândido Vaccarezza (PT), e ao deputado Carlos Zarattini (PT-SP) referentes a contratos da empreiteira com a Prefeitura de São Paulo em 2011.

A anotação sob suspeita dos investigadores está no celular de Marcelo Odebrecht, em uma pasta intitulada como 'Crédito' e com a expressão "BMX: Vacareza e Zaratini 3%, sendo 3 deles, mais 1 GM até outubro. Depois 21M p/GM e 2 para V + Z".

Para a PF, a referência aos então deputados e ao ex-ministro (identificado pela sigla GM) estariam relacionadas às obras da BMX Empreendimento Imobiliário e Participações S/A, uma incorporadora responsável pela obra Parque da Cidade - construções residenciais, comerciais e até um shopping feito pela Odebrecht na capital paulista. O celular do empreiteiro foi apreendido na 14.ª fase da Lava Jato, chamada Erga Omnes, deflagrada em junho de 2015.

O delegado federal Filipe Hille Pace afirma em relatório de análise das mensagens - documento que embasou a Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato deflagrada na segunda-feira, 26 -, que as investigações identificaram nas anotações uma rotina de Marcelo Odebrecht. "Relacionava projetos que geravam lucro para as empresas da holding Odebrecht como motivos para pagamentos ilícitos." O delegado aponta suspeitas sobre os petistas ao analisar os outros trechos das anotações que associam as siglas referentes aos políticos com valores.

Em uma tabela abaixo da primeira citação, a "BMX", descrita como "evento out", Marcelo Odebrecht detalha o que seriam os valores referentes a cada codinome.

Após analisar outras mensagens e diálogos de executivos da Odebrecht, a PF afirma que as expressões 'evento' e 'evento out' seriam uma referência às eleições e, por isso, o delegado aponta as seguintes suspeitas:

"Candido Elípio Vacarezza (VACAREZZA; V’a), Carlos Zarattini (ZARATTINI; Z) receberiam R$ 3.000.000,00 relacionados ao 'Evento Out' e R$ 2.000.000,00 relacionados a 'Evento 2014', este último valor sob orientação de Guido Mantega (GM; G.)", afirma o delegado no relatório. "Guido Mantega (GM), por sua vez, ao que parece, definiria a destinação de R$ 1.000.000,00, relativo ao 'Evento Out', e de R$ 21.000.000,00, relacionado ao ‘Evento 2014'", segue o investigador.

Chamou a atenção do delegado Pace o fato de, em novembro de 2011, Marcelo Odebrecht ter recebido um e-mail com anotações sobre vários projetos da Odebrecht e objetivos da empresa para dar andamentos a eles. Um destes projetos é, exatamente, o "Projeto BMX (SP)" e, no e-mail, é descrita a preocupação da empresa em conseguir as "aprovações finais" da proposta junto à Prefeitura de São Paulo, bem como viabilizar a aquisição de Certificados de Potencial Adicional de Construção - Cepacs, emitidos pela prefeitura.

Em relação a Zarattini, que ainda é deputado e possui foro privilegiado, as informações sobre ele já foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal.

Vaccarezza e Mantega, por sua vez, não possuem foro privilegiado e estão sob investigação da Lava Jato em Curitiba, sob tutela do juiz federal Sérgio Moro.

No caso do ex-ministro, ele chegou a ser detido e solto cerca de cinco horas depois na 34.ª fase da Lava Jato, chamada Arquivo X, deflagrada na quinta-feira (22).

Arquivo X apura a suspeita de pagamento de US$ 2,3 milhões pelo empresário Eike Batista ao PT por ordem de Mantega.

O ex-ministro é citado pela Polícia Federal em outras planilhas de Marcelo Odebrecht que fazem referência à contabilidade paralela que a empreiteira mantinha junto ao PT.

Neste caso, ele seria identificado como "pós Itália", uma referência à sucessão do ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), identificado como "italiano", nas relações com a empreiteira.

Em nota, deputado Carlos Zarattini afirmou: "Desconheço o teor e veracidade desses documentos. Não tenho nenhum conhecimento do que significam. Reitero mais uma vez que todas as doações feitas a minha campanha foram legais e devidamente incluídas na prestação de contas apresentada à justiça eleitoral".

O advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, reagiu com ironias às suspeitas dos investigadores baseadas em anotações no celular do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Batochio invocou até a famigerada polícia secreta russa. "Nunca foi do conhecimento do ministro Mantega qualquer código cifrado em celular de quem quer que seja. Isso só existe na KGB e na cabeça dos investigadores."

Já o criminalista Marcellus Ferreira Pinto, que defende Vaccarezza, afirmou:

"As obras do Parque da Cidade, vinculadas ao denominado Projeto BMX, foram executadas durante a gestão de Gilberto Kassab, à época filiado ao DEM, notório opositor da gestão do PT tanto na esfera municipal quanto na federal. Portanto, não seria concebível qualquer tipo de ingerência de Cândido Vaccarezza na gestão das obras realizadas pela Prefeitura de SP. Quanto ao suposto 'Evento 2014', as doações recebidas por Cândido Vaccarezza naquela eleição são públicas, estão sob apreciação no TSE e já houve manifestação do Ministério Público Federal Eleitoral por sua aprovação."

Valério, não deixará nenhum nome de fora da delação, todos os Poderes estão envolvidos na "Sujeira"

O empresário Marcos Valério, operador dos mensalões petista e tucano, foi ouvido nesta quarta-feira (28) por cerca de quatro horas por dois procuradores federais enviados pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, e pelos promotores do Ministério Público de Minas Gerais que analisam um pedido de delação premiada no caso do mensalão do PSDB. Na conversa, que foi informal, segundo a defesa, Valério afirmou que irá delatar autoridades do Legislativo, Executivo e, pela primeira vez, apontou que tem informações que comprometem figuras do Judiciário no caso do mensalão e da operação Lava Jato.

Segundo o advogado de Marcos Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, que acompanhou o depoimento, ele prestou informações que ainda não constam dos autos. “Não só o que ele diz, mas o que vai dizer, vai trazer mais gente para o processo e, com certeza, mais prisões vão acontecer”, disse o defensor em relação a Lava Jato. Ainda de acordo com Kobayashi, a conversa foi “muito produtiva” e os procuradores federais “ficaram muito satisfeitos”. Os dois procuradores de Brasília não quiseram conversar com a imprensa.

Valério irá delatar cerca de 20 nomes, entre políticos mineiros e de outros Estados, segundo o advogado. Questionado se os nomes estariam no Legislativo ou no Executivo, confirmou que em ambos e disse que “até no Judiciário”, sem citar os órgãos onde as autoridades estariam. “Entendo Judiciário como um todo, mais de um (nome), mais de uma instituição”, afirmou na saída do Ministério Público de Minas.

Relatório - Os dois procuradores federais enviados por Janot a Belo Horizonte pediram que a defesa produza um relatório com as informações que Valério tem e que apresente documentos que comprovem as acusações. “O próximo passo é entregar o relatório que estamos fazendo das pessoas que estão envolvidas imputando a elas cada conduta típica que tiverem no caso”, disse Jean Robert Kobayashi. Ele pretende entregar esse material pessoalmente a Rodrigo Janot.

Ainda segundo o advogado, Valério tenta uma delação neste momento tanto no caso do mensalão mineiro - que investiga desvio de verbas públicas para a campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), quanto na Lava Jato. No primeiro caso, o acordo é negociado desde junho, no segundo, segundo Jean Robert Kobayashi, as atuais tratativas começaram no último dia 12, quando Valério foi a Curitiba prestar depoimento ao juiz Sergio Moro na Lava Jato.

Lava Jato - Em Curitiba, Valério voltou a dizer que recebeu do ex-tesoureiro do PT Sílvio Pereira um pedido para fazer um empréstimo de R$ 6 milhões que seriam usados para pagar o empresário Ronan Maria Pinto. Valério diz que desistiu da operação – que seria usada para pagar uma chantagem que o empresário fazia com o ex-presidente Lula e com os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho – quando soube do conteúdo da extorsão. Para os investigadores da Lava Jato, Ronan Maria Pinto saberia de informações do assassinato do então prefeito Celso Daniel e chantageava o trio. O prefeito petista teria sido morto porque teria decidido acabar com um esquema de corrupção em seu governo que, supostamente, beneficiava o PT. O valor dos R$ 6 milhões, posteriormente, foi obtido com José Carlos Bumlai, junto ao Banco Schahim. O dinheiro teria sido usado por Ronan Maria Pinto para comprar o “Diário do ABC”. Segundo a Lava Jato, os R$ 6 milhões obtidos por Bumlai para o PT no Banco Schahim foram um empréstimo fraudulento, que seria pago com propina de contratos com a Petrobras.

Acordo de benefícios
Em contrapartida, Marcos Valério pede a transferência da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para uma Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), além da redução de pena em processos que responde e em outros que já foi condenado. Ele também deseja que futuras condenações não atrapalhem no processo de progressão do seu regime de pena. Desde 2013, ele cumpre 37 anos no caso do mensalão do PT.

Em desespero e vendo que partido deve desaparecer, Lula diz que PT 'pode' ter cometido erros

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez campanha e participou de comícios em Campinas e Sumaré, no interior de São Paulo, nesta quarta-feira (29). Além de tentar alavancar as candidaturas dos candidatos do PT às prefeituras locais, Lula também atacou o governo Temer, se defendeu contra as acusações do MPF e chegou, até mesmo, a dizer que o PT pode ter errado.

"É verdade que o PT possa ter cometido um erro. Agora, compare o PT com 500 anos de história desse país e veja a quantidade de erros que a elite brasileira cometeu. O maior crime que eles cometeram não foi fazer campanha com dinheiro privado. Foi deixar milhões de brasileiros nascer e morrer analfabetos", afirmou Lula, durante a noite, em comício em Sumaré.

O ex-presidente chegou à região durante a tarde com a missão de tentar ajudar as candidaturas de Marcio Pochmann, em Campinas, e de Professor Tito, em Sumaré. Ambos não vêm bem nas pesquisas. Em Campinas, os números do Ibope divulgados no último dia 16 de setembro mostram que o atual prefeito, Jonas Donizette (PSB), tem 49% das intenções de voto e pode vencer a eleição já no primeiro turno. Pochmann, que atualmente preside a Fundação Perseu Abramo, aparece com 10% das intenções de voto, empatado em segundo com Dr. Helio (PDT).

Há quatro anos, Pochmann também disputou as eleições em Campinas e chegou ao 2º turno, mas disputar perdeu para Jonas Donizette. O desânimo dos números da pesquisa se traduziu em um baixo comparecimento de eleitores no comício realizado no centro da cidade, durante a tarde. Lula contou com a presença do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do presidente da CUT, Vagner Ferreira, para tentar inflamar os militantes.

Sobre o trio elétrico, Lula não deixou de fazer campanha para si próprio e afirmou que a acusação do Ministério Público Federal de que é chefe de quadrilha é ingenuidade ou má-fé.

"Tenho orgulho de ser o chefe da quadrilha que tirou 40 milhões de pessoas da pobreza, que gerou 22 milhões de empregos, que deu aumento real de salário. É dessa quadrilha que o Brasil precisa", disse, repetindo um pouco o discurso de sua "turnê" eleitoral que já passou por Barbalha, Crato, Iguatu, Fortaleza, Natal, Recife, Ipojuca, Rio de Janeiro e São Paulo, em vários Estados.

Entre um comício e outro, Lula visitou a ocupação Vila Soma, em Sumaré, uma área privada de mais de um milhão de metros quadrados que ficou abandonada por 20 anos e que, hoje, abriga mais de 10 mil pessoas. Neste ano, o então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, determinou a suspensão de uma reintegração de posse no local, temendo conflitos.

"Essa área da Vila Soma poderia ser usada por marginais, para matar gente e jogar lá. Quando os pobres ocupam isso incomoda uma tucana [em referência à prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), candidata à reeleição]? Será que ela não gosta de pobre ou está esperando uma especulação imobiliária para que a elite desta cidade fique rica às custas desse terreno?", provocou Lula, durante comício ao lado do candidato à prefeito Professor Tito.

Uma pesquisa realizada ela empresa FLS - Pesquisa e Marketing entre os dias 15 e 16 de setembro indica que Cristina tem 22,9% das intenções de voto, tecnicamente empatada com o candidato Luiz Alfredo Dalben (PPS), que tem 20,1%. Professor Tito aparece na terceira posição, empatado com Toninho Mineiro (PV), ambos com 7,5%.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Faustão, crítica governo e toma invertida de Temer

No último domingo (25), o apresentador Fausto Silva, o Faustão, fez duras críticas à reforma do ensino médio anunciada na última semana pelo governo Michel Temer (PMDB).

Durante o seu programa "Domingão do Faustão", da Globo. Segundo o "UOL", nessa terça-feira (27), o então presidente teria ligado para Faustão para dar algumas "explicações" sobre as críticas que recebeu ao, vivo, em rede nacional.

Os comentários aconteceram no momento em que Faustão falava sobre as Olimpíadas com o ginasta Diego Hypólito, que levou uma medalha de prata nos jogos. "A educação física os caras iam tirar. Essa p#*!@ desse governo nem começou, não sabe se comunicar e já faz a reforma sem consultar ninguém", disse o apresentador.

"Aí, quando você percebe, um país como esse, que tem uma saúde de quinta, não tem segurança, não tem emprego, não tem respeito a profissões básicas. O país que não respeita professor, pessoal da polícia e pessoal da área de saúde é um país que não oferece o mínimo ao seu cidadãos", finalizou, Faustão.

De acordo com a publicação, por telefone, Temer resolveu dar o seu ponto de vista ao apresentador. O peemedebista teria dito que não era verdade que a disciplina citada seria excluída do ensino básico. Ele também lembrou que o tema já está sendo discutido há vários anos, mas que é necessário dar um passo a mais, do contrário, nada vai ser feito.

Temer, ainda diz que o objetivo da reforma é flexibilizar o currículo dos estudantes e que isso continuará a ser debatido no ano que vem. Para tentar convencer Fausto Silva, o presidente também teria usado os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para tentar convencê-lo, falando que os estudantes, hoje, estão tendo um desempenho muito ruim.

Após a "destruição do PT", Brasil tem a pior posição no ranking de competitividade global

O sentimento só pode ser de indignação, o que fizeram com nosso País!! Muita "incompetência" num só "desgoverno".

O relatório 2016/17 do sobre a competitividade global acaba sendo um retrato acabado do fracasso da gestão da então presidente Dilma Rousseff desde o fim de seu primeiro período (2011/2015).

O Brasil caiu da 48ª posição no ranking global, em 2012/2013 —entre 144 países—, para a 81ª agora —mas apenas entre 138 países. Ou seja, está abaixo da metade da tabela.

Foi o pior resultado desde 2007, quando o Fórum mudou a metodologia do levantamento, informa o relatório divulgado nesta terça-feira (27).

A queda brasileira foi tão impactante que o país deixou de figurar no "top 10" de competitividade entre os países da América Latina e do Caribe. Fica atrás não só de um clássico entre os países da região, em termos de desempenho, como é o caso do Chile, mas também de um país tremendamente pobre, a Guatemala.

O retrocesso do Brasil foi contínuo nos anos Dilma: 48º lugar em 2012/2013; 56º em 13/14; 57º no período seguinte; 75º em 2015/2016, para desabar seis posições e terminar em 81º em 2016/17.

Como era previsível, foi nos itens relacionados ao desempenho macroeconômico que o país recebeu as piores avaliações: em "ambiente macroeconômico", ocupa a 126ª colocação entre os 138 países pesquisados. Pior ainda é a posição em "eficiência do mercado de bens" (128º lugar).

O relatório lembra, a propósito, a "profunda recessão" que o Brasil está enfrentando e que a taxa de crescimento declinou firmemente, de uma média anual de 4,5% entre 2006 e 2010, ainda no período Lula, para 2,1% entre 2011 e 2014, de acordo com o Banco Mundial.

A queda brasileira, diz o relatório, "é provocada principalmente pela deterioração dos mercados de bens, de trabalho (leia-se: desemprego) e financeiro". Acrescenta: "No plano institucional, a segurança se deteriorou e também a percepção da qualidade da administração do setor público".

O documento traz para o topo dos "fatores mais problemáticos para fazer negócios" um clássico nesse tipo de consulta: impostos e a regulação deles. Para 15,9% dos pesquisados, impostos é o maior problema, ao passo que 12,5% apontam a regulação das taxas.

Mas a corrupção ocupa lugar igualmente privilegiado entre os fatores que entravam os negócios, mencionada por 13,6% dos pesquisados. Resultado perfeitamente previsível em tempos de Lava Jato e prisões em sequência de empresários de grosso calibre.

O relatório elogia o combate à corrupção, um endosso à Lava Jato, sem mencionar nominalmente a operação.

No global, a Suíça ocupa o primeiro lugar em competitividade, pelo oitavo ano consecutivo, seguida por Cingapura e Estados Unidos. Depois, vêm Holanda e Alemanha, completando o "top 5".

Novas provas, complicam ainda mais a de vida Marcelo Odebrech

Rastreando as comunicações do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, os investigadores da Operação Omertà localizaram anotações sobre ‘Guerrilheiro’ e lançamentos de valores supostamente relativos a propinas pagas a este personagem, cuja identidade ainda não foi apurada. Um repasse foi no valor de R$ 20 mil, realizado em São Paulo. Outro, de US$ 50 mil, no Uruguai

Os pagamentos teriam ocorrido em julho de 2004. Em e-mail trocado entre Marcelo Odebrecht, BJ, Bira e Henrique Valladares, no dia 6 de julho de 2004, tendo como assunto "programação extra", BJ pede para "Bira programar para semana que segue R$ 20 mil para Guerrilheiro, em São Paulo, e US$ 50 mil para Guerrilheiro, em Montevidéu, Uruguai", assinala relatório da Omertà.

Omertà, deflagrada nesta segunda-feira, 26, levou à prisão o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), por suspeita de recebimento de ao menos R$ 128 milhões da empreiteira - parte do montante teria sido destinada ao PT.

Nas mensagens por celular e também por email capturadas nos arquivos dos alvos da Omertà, inclusive Marcelo Odebrecht - preso desde 19 de junho de 2015, na Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava Jato - os investigadores encontraram milhares de citações a agentes públicos, políticos e personagens identificados apenas por codinomes. Um deles é o "Guerrilheiro".

A Omertà investiga as relações de Antonio Palocci com a Odebrecht. A cada momento mais sujeira e novos nomes e codinomes aparecem. Ateia é extensa.

Planilha apreendida durante a operação identificou que, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci.

As obras alvo do novo inquérito não tem relação necessária com as propinas pagas ao PT via Palocci. Novos nomes devem surgir, tanto de agentes públicos, como de políticos e operadores.

Mais 'Sombra' sobre o Caso Celso Daniel. Morre mais um após reabertura do inquérito

Morreu nesta terça-feira (27) em São Paulo o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, um dos principais personagens o caso Celso Daniel, assassinado em 2002. Ele sofria de câncer.

De acordo com o Hospital Montemagno, Silva foi internado no centro médico no dia 22 de setembro, e faleceu às 6h30 desta terça-feira. A assessoria de imprensa do hospital não informou a causa da morte.

O advogado Roberto Podval, que defendia Gomes, disse que a causa da morte foi natural. "Estou fora do país e não tenho muita informação. Ele estava doente e faleceu. É tudo o que eu sei", afirmou. "A causa morte não sei te dizer." Segundo Podval, seu cliente faleceu inocente. "A gente anulou o processo. O processo ia recomeçar agora e ele faleceu inocente."

Celso Daniel foi sequestrado após jantar, na capital paulista, com o empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sérgio Sombra, suspeito de ser o mentor do homicídio. No retorno para Santo André, os dois notaram que a Pajero de Sombra estava sendo seguida.

De acordo com o MP, três carros perseguiram a Pajero, até o veículo parar devido a disparos. Celso Daniel foi, então, forçado a entrar em outro carro. O corpo dele foi encontrado dois dias depois em uma estrada de Juquitiba, na Região Metropolitana de São Paulo, com sinais de tortura e oito tiros.

Sete pessoas foram acusadas pelo crime – entre elas, Sombra – e seis já foram condenadas à prisão. Sombra respondia em liberdade devido a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda não tinha sido julgado por causa de recursos que seguem em andamento.

O promotor do caso Celso Daniel , Roberto Wider, de Santo André, disse que Sérgio Gomes continuava réu. "O Supremo tinha anulado o processo e a gente estava refazendo a instrução desde 2015. Estava ouvindo testemunhas de defesa e terminando a instrução para nova pronúncia e eventual julgamento", afirmou.

Segundo o promotor a morte de Sérgio Gomes representa o fim do caso Celso Daniel porque todos os demais integrantes da quadrilha foram submetidos a julgamento, foram condenados e o processo não foi anulado com relação a eles. "Agora só faltava ele, que era o mandante. Com a morte dele, extingue a punibilidade e o processo tem fim."

Wider lembrou que o empresário Marcos Valério mencionou o caso na operação Lava Jato. "O Marcos Valério, em um depoimento para o juiz Moro, ele mencionou que tinha medo do caso e por isso ele não falava. A gente mencionou desde o início que o Sérgio não era o único mandante. Isso está na nossa denúncia contra o Sérgio, mas não foram identificados os outros autores. Se forem outros autores, havendo possibilidade de serem processados, certamente a gente vai processar. Se não houver um fato novo não tem como a gente reabrir o caso."

Wider disse que informada a morte do Sérgio, obtém-se a certidão de óbito, que é necessária, e com isso extingue a punibilidade dele e extingue o processo porque o processo em andamento só visava apurar a responsabilidade dele.

O promotor disse que houve decisão de pronúncia contra Sérgio Gomes que foi anulada. Para ele, foi uma decisão muito questionável do Supremo Tribunal Federal e um embate em uma questão processual que já estava prejudicada. O promotor apontou que Gomes estava respondendo processo ainda. "Ele não foi condenado em face da morosidade da Justiça e dos percalços do processo. Agora, o convencimento do Ministério Público era no sentido de que ele era um dos mandantes, a prova era muito farta nesse sentido."

Para Wider, a morte de Gomes antes do julgamento é frustrante. "Eu tenho uma frustração porque o Ministério Público queria levar a julgamento o caso. Ocorreram algumas decisões do Tribunal do Juri, todas elas acolhendo a tese do Ministério Público no sentido de que o Celso foi vítima de um homicídio e não de um crime patrimonial. Isso o Tribunal do Júri decidiu reiteradas vezes nesse sentido, mas o mandante era uma peça-chave e eventual condenação do mandante poderia propiciar colaboração e identificação de outros envolvidos. Esse caso poderia ter sido resolvido na década passada".

A justiça dos homens, mais uma vez falhou, em meio a tantos entraves na lei, brechas do sistema jurídico, manobras e impunidades.

Neste caso o que vemos é a "justiça Divina" agindo. Descanse em Paz Celso Daniel.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Gleisi e Paulo Bernardo, pedem "pinico" das denúncias do STF

A defesa da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição da denúncia contra a senadora, nesta terça-feira, 27.

Segundo o advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitch, o caso não possui fundamentos ou provas contra a parlamentar.

"A denúncia não dedica praticamente uma linha para individualizar a conduta da senadora Gleisi. Ela é citada em expressões no plural, e isso não atende a necessidade de individualização da conduta", alegou. Mudrovitch criticou a denúncia contra a senadora, que, para ele, se baseia exclusivamente nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.

"Aos poucos, as delações desses elementos foram desditas por outros envolvidos e até por eles mesmos, que mudaram suas versões", afirmou o jurista. "Esse processo se baseia na hipótese de que o presidente da Petrobras, fez favores à empresas, sem dizer quais são, para favorecer políticos, e no final nenhuma denúncia acaba sendo comprovada."

Colaborando com a tese, Veronica Abdalla, que representa o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, criticou a Procuradoria-geral da República. Segundo ela, a PGR intimou Paulo Roberto mais de uma vez "para chegar à versão desejada pela acusação", além de ter aceitado ouvir Youssef sete vezes, que apresentou versões diferentes.

"Isso não pode ser tolerado. É a construção de uma hipotética verdade a bel prazer da acusação", disse. Para a advogada, as delações não apresentam nenhum elemento que torne a acusação "minimamente sólida".

A defesa de Gleisi considera que o caso é uma "injusta perseguição penal".

"Todos sabemos o constrangimento de receber uma denúncia do STF", diz o advogado.

Gleisi e o marido são acusados de terem recebido, em 2010, vantagem indevida com origem no esquema de corrupção da Petrobras, para financiar a campanha da petista.

Lula, é deixado no "vácuo", por horas, por Haddad e Suplicy em campanha.

Com o atraso do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que chegou ao bairro de São Mateus, na zona Leste da capital paulista, para participar de ato de sua campanha à reeleição ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula ficou no "vácuo".

Haddad chegou acompanhado de seu candidato a vice, Gabriel Chalita (PDT), e do candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Juntos, eles percorrem a travessa Somos Todos Iguais em cima de um carro de som. “Todas as vezes que houve uma melhoria na periferia da cidade foi o PT que fez”, diz Haddad.

Diante do atraso de Haddad, Lula iniciou sozinho a caminhada para pedir votos para o petista.

O ex-presidente chegou pouco depois das 11 horas, o horário marcado para o início da caminhada, e aguardou o prefeito por mais de 40 minutos, cumprimentando e tirando fotos com simpatizantes.

É a primeira vez que ele participa de uma agenda de campanha do prefeito este ano.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Em comício Lula se compara a "Jesus Cristo", dizendo que querem crucificá-lo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comparar a sua trajetória de vida com a de Jesus Cristo durante comício da candidata a prefeita do Rio de Janeiro Jandira Feghali (PCdoB), nesta segunda-feira (26), no bairro de Bangu. E voltou a insinuar que pode ser candidato a presidente nas eleições de 2018.

Citando o que chama de perseguição do MPF (Ministério Público Federal) e do juiz Sergio Moro, que está responsável pela análise dos pedidos relativos à Operação Lava Jato, Lula disse que não queria se comparar a Jesus Cristo, "mas ele também foi perseguido. Herodes mandou matá-lo antes de nascer. Tiradentes lutou pela independência e mataram o bichinho. Mas ele mataram a carne, e as ideias ficaram. Eles aguentaram o Getúlio 30 anos como ditador, mas não o aguentaram quatro anos de democracia e o obrigaram a se matar."

Em tom de galhofa, mas também em tom de "ameaça", o ex-presidente, que ignorou a prisão do ex-ministro da fazenda Antonio Palocci, disse que estava quieto no canto dele. "Eu não era candidato, mas vocês se tornaram meu maior cabo eleitoral uma força quase impossível de parar."

Aos procuradores do MPF, Lula dirigiu várias críticas. "Há um ódio acumulado contra mim. Vejo nesses meninos procuradores esse ódio. Eu não prestei concurso, tenho diploma de torneiro mecânico. O concurso não mede caráter, ética. É como a carteira de motorista. Não é porque você tirou a carta que sabe dirigir. Sou um cidadão indignado. Não posso aceitar as ofensas de um menino procurador que diz que formei uma quadrilha, que diz que não tem provas, mas que tem convicção."

Houve também mágoas em relação aos concorrentes de Jandira e seus apoiadores. "Tô aqui por lealdade, uma palavra pouco usada nesse país. Tô aqui por gratidão. Muita gente esquece a gratidão rapidamente. O [Marcelo] Crivella (PRB) é cristão, e como cristão a gente não pode trair. Ele foi ministro da [ex-presidente] Dilma [Rousseff], escolhido por ela. Na primeira vez que a Dilma precisou dele, ele se recusou a ser honesto pela Dilma e votou pela cassação da mulher que o tornou Ministro da Pesca. Crivella se tornou um pescador de águas turvas. Crivella, que apoiei contra o candidato do [ex-governador Sérgio] Cabral, você não me deve nada. Deve a sua consciência."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também alvo do ressentimento de Lula. "Paes foi um dos deputados federais que mais atacou meu filho. Já Cabral foi pedir apoio a mim para o Paes. Minha mulher se recusou a receber o Eduardo Paes. Eu conversei com Cabral e apoiei Paes no Rio contra a vontade da minha mulher. Qual não foi o meu dissabor quando Cabral liberou o filho deputado [Marco Antonio Cabral] para votar contra Dilma. Poderiam não ter ido votar. Vocês não me devem nada. Mas é importante saber que o mundo é redondo é ele dá voltas."

Lava Jato, chega cada vez mais perto das corrupções envolvendo diretamente Lula e Dilma

Um relatório da Polícia Federal liga o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao esquema de propinas da Odebrecht. O documento atribui a Mantega o papel de "Pós Itália", uma referência à sucessão do ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) nas relações com a empreiteira.

Mantega foi preso quinta-feira passada (22), na Operação Arquivo X (34ª da Lava Jato) por supostamente exigir, para o PT, R$ 5 milhões do empresário Eike Batista, em 2012. Apenas cinco horas depois de ser detido, o ex-ministro foi solto. Palocci foi preso nesta segunda-feira (26), na Operação Ormetà, fase seguinte da operação.

Segundo a PF, os ex-ministros estão fortemente ligados ao setor de propinas da Odebrecht. A investigação aponta que Palocci seria o "Italiano", codinome que consta da planilha de repasses ilícitos da empreiteira.

A PF aponta "indícios de que Guido Mantega também teria tido papel posterior a Antonio Palocci Filho na coordenação junto com Marcelo Bahia Odebrecht para a ordenação de pagamentos ilícitos".

O documento revela três operações distintas, somando um valor de R$ 79 milhões. Desse total, a PF ainda não identificou "Amigo", o destinatário de R$ 23 milhões.

"Seriam devidos, à época da última atualização da planilha, R$ 6 milhões para 'Itália', em referência ao Italiano, ou seja, a Antonio Palocci Filho, R$ 23 milhões para 'Amigo', ainda não identificado, e R$ 50 milhões para 'Pós Itália', cujos indícios preliminares apontam para o emprego deste termo em referência a Guido Mantega", diz o relatório da PF.

Segundo a Omertà, o PT foi destinatário de R$ 128 milhões em propina da Odebrecht entre 2008 e 2013 — neste ano, segundo a Procuradoria da República, havia um saldo remanescente de propina de R$ 70 milhões. A PF destacou, ainda, em outro trecho do relatório uma notação em que haveria indícios "de outros pagamentos ilícitos (Prováveis Aditivos)". "Há assim, indícios de que Guido Mantega também tenha sido beneficiário de pagamentos ilícitos e/ou intermediador de pagamentos realizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, tal qual o foi Antonio Palocci Filho", aponta o documento.

O advogado José Roberto Batochio, defensor dos ex-ministros, reagiu enfaticamente nesta segunda-feira às suspeitas lançadas pela Operação Omertà sobre Guido Mantega. O criminalista ironizou o relatório policial que chama Mantega de "Pós Itália". "A minha manifestação é a seguinte. A Polícia Federal, curiosamente, já definiu o 'Italiano' como sendo duas ou três pessoas diferentes. Inicialmente, dizia que 'Italiano' era o ministro Palocci. Depois, recuaram. Vou aguardar para ver se eles elegem definitivamente quem é, afinal, esse 'Italiano', para então poder responder", disse. "A hora que resolverem definir quem quer que queiram como o verdadeiro "Italiano’ vou me manifestar (sobre o relatório que liga Mantega ao suposto recebimento de R$ 50 milhões da Odebrecht)", insistiu.

Batochio destacou que os autos contêm um e-mail do empreiteiro Marcelo Odebrecht dizendo que "não encontrou 'Italiano' na diplomação da Dilma". "Mas o ministro Palocci estava lá, na diplomação", acentua o criminalista. "Então, o 'Italiano' não é o ministro Palocci. Reitero que já disseram duas ou três vezes sobre esse 'Italiano'. Assim, acho prudente aguardar para ver quem é que elegem definitivamente como o 'italiano'", disse.

Mais cedo, Batochio, já havia afirmado que o ex-ministro Palocci nunca recebeu vantagens ilícitas.

Chororô de órfãos da Lei Rouanet defende o petista Mantega

Mais de cem intelectuais assinaram a nota de protesto contra a prisão do ex-ministro Guido Mantega, na quinta (22).

"Quando o espetáculo da acusação sem prova e da condução sem intimação é exibido deliberadamente por agentes da lei, na persecução de objetivos estranhos à ordem jurídica e da publicidade sem limites, a cultura da arbitrariedade expõe suas entranhas", diz o documento.

Assinam a carta professores como Luiz Gonzaga Belluzzo, Bresser-Pereira e Marilena Chaui. No texto, eles dizem que, depois da condução coercitiva de Lula, "que não resistiu a uma intimação judicial porque sequer foi intimado", a prisão de Mantega "levou o arbítrio a novos limites".

Eles afirmam que o ex-ministro não representa "qualquer ameaça à ordem pública" e que "o mesmo não pode ser dito de seus perseguidores".

A prisão foi pedida pelos procuradores da Operação Lava Jato e a justificativa foi a manutenção da ordem pública, argumento acatado pelo juiz Sergio Moro.

domingo, 25 de setembro de 2016

Lindbergh senador do PT, se envolveu em confusão no Rio de Janeiro

O senador Lindbergh Farias se envolveu em uma confusão nesta madrugada. Ao sair de um restaurante na Barra da Tijuca, o petista foi abordado por um jovem que gritava insistentemente “Fora, PT” e “Fora, Lindbergh”.

O senador retrucava chamando o rapaz de “Fascistinha” e “Babaca”. Por muito pouco, não houve agressão física. O jovem chegou a tirar a camisa e partir para cima do senador, mas foi contido por pessoas que estavam no local.

Nesta semana, Lindbergh, fez declarações que acabaram indo de encontro a essa confusão, opiniões contrarias as suas, geraram todo essa revolta. Com todo este cenário politico, não poderia dar outra coisa a não ser conflitos, vejam:

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou em sua conta no Twitter nesta quinta-feira 22, quando foi preso o ex-ministro Guido Mantega, a parcialidade da Operação Lava Jato contra o PT.

"Tucanos citados inúmeras vezes sequer são investigados. Cunha segue solto. Mantega, citado em uma delação, é preso com a mulher no hospital", postou Lindbergh.

"Procurador reconhece: pediu prisão preventiva, 'ganhou' o direito de prender Mantega temporariamente. É um jogo de tentativa e erro. Objetivamente, Mantega foi preso para 'averiguação'. Ação muito comum em ditaduras. E segue a farsa 'organização criminosa' sem provas", postou ainda Lindbergh.

O senador disse também que a "Lava Jato funcionou contra o PT antes do impeachment. Tirou férias após o golpe, e volta seu foco pro PT às vésperas das eleições". "A operação de hoje tem um objetivo claro: criar agenda anti-esquerda na reta final das eleições. Devia se chamar Operação BOCA DE URNA", protestou.



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