"No dia em que uma pessoa perde a capacidade de se indignar diante da injustiça, é porque se desumanizou. E eu não quero me desumanizar", afirmou Cardozo, após receber a ligação de Dilma, por volta de 15h35.
O advogado de Dilma se emocionou nesta terça-feira ao lembrar da Lei de Anistia. Disse que o que mais lhe doía, quando ocupava o Ministério da Justiça, era precisar pedir desculpas à família de um desaparecido político, em nome do Estado, quando a pessoa já havia morrido. "Peço a Deus que, se Dilma for condenada, um novo ministro da Justiça tenha dignidade de se desculpar a ela. Se ela estiver viva, que se faça de corpo presente.
Se ela estiver morta, que faça a seus filhos e netos. Peço, por favor, que julguem pela justiça, julguem pela democracia, julguem pelo Estado de Direito", apelou Cardozo.
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