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sábado, 6 de agosto de 2016

Itaipava joga água no chopp de Lula e negocia delação premiada

O empresário Walter Faria, dono da cervejaria Itaipava, vem conversando com seus advogados para estudar a hipótese de fazer delação premiada, obtendo com isso alguma maneira de se livrar de punições mais severas.

A Itaipava apareceu durante a investigação da Operação Lava-Jato, que encontrou documentos envolvendo a empresa nas planilhas da Odebrecth, empreiteira que é centro das investigações da força-tarefa no esquema do Petrolão – entre outros.

Uma das linhas de investigação sobre o banco da Odebrecht no Caribe, usado para o pagamento de propina, trabalha com a suspeita de que a empreiteira manteve com o Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, operação similar a do sistema dólar-cabo, como os doleiros chamam um conhecido esquema de lavagem de dinheiro.

O dólar-cabo permite troca de recursos entre dois parceiros, no Brasil e no exterior, como se fosse um banco paralelo de compensações, sem a necessidade de movimentar o dinheiro de fato. Funciona na base da confiança. Para os investigadores, enquanto a Odebrecht teria usado o caixa dois da cervejeira para distribuir recursos a políticos, a Itaipava se valeria da empreiteira no exterior para pagar em moeda estrangeira os insumos necessários à produção de cerveja, do malte à lata de alumínio.

Lula recebeu R$ 900 mil da Cervejaria Itaipava por palestras em 2013. Uma delas foi dada em Atibaia, seu reduto de descanso, em outubro daquele ano. O ex-presidente também deu outra palestra na cidade paulista: ganhou R$ 200 mil da Associação Brasileira de Supermercados.

Secretário de Estado Jonh Kerry diz que PT prejudicava a evolução do comércio do Brasil-EUA

Em pronunciamento à imprensa após encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Sera, na tarde desta sexta-feira (5), o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que uma solução política para a Venezuela é questão "humanitária" e defendeu a realização de um referendo revogatório para encurtar o mandado do presidente Nicolás Maduro.

"É preciso que haja consonância entre governo e oposição, não para que um supere o outro. Esperamos ter um compromisso democrático para responder às necessidades humanitárias deste país. Gostaria de enfatizar a importância de um referendo com a observância da separação de poderes e liberdade de manifestação", afirmou Kerry, ao lado de Serra, no Palácio do Itamaraty no Centro do Rio.

O secretário de Estado elogiou "os esforços do Brasil na luta contra a corrupção" e disse que os Estados Unidos estão prontos a colaborar neste esforço, inclusive com extensão para outros países.

Kerry ressaltou a importância das relações entre Brasil e EUA e disse que espera que agora sejam intensificadas. "Discussões políticas aqui no Brasil não permitiram que florescesse plenamente o potencial das nossas parcerias", afirmou, em referência ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

O secretário de Estado ainda elogiou os "esforços fabulosos" que foram feitos pelo País para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos. "Estamos cooperando para que os Jogos sigam em segurança e bem sucedidos, um esforço muito grande foi feito para isso."

Esquerda caviar e crimonosa: Líderes de Movimento Sem Teto de SP, tem vida luxuosa

As investigações da polícia indicam que os líderes do MSTS-Movimento dos Sem Teto de São Paulo presos na Operação Marrocos tinham uma vida de conforto e luxo, graças ao dinheiro do tráfico de drogas. "O MSTS foi criado para disfarçar a atuação de uma organização criminosa", disse o delegado Ruy Ferraz Fontes, chefe do Departamento de Narcóticos (Denarc).

Secretário-geral do MSTS, Wladimir Ribeiro Brito foi preso ontem em Maceió, em Alagoas, onde passava férias com a namorada. Segundo as investigações, ele desviou cerca de R$ 70 mil do PCC para comprar uma casa para a companheira e estava sendo cobrado pela facção. Brito havia chegado na cidade no dia 28.

Nas redes sociais, ele aparece em carros de luxo - várias fotos em veículos diferentes foram publicadas em 2015 na sua página no Facebook. O suspeito, porém, já cancelou a conta. Alguns veículos dele foram apreendidos pela Polícia Civil.

Para os investigadores, Ribeiro organizava encontros dos chefes do PCC que atuavam na Cracolândia. As reuniões aconteciam no 12 º andar do Cine Marrocos. Em um grampo, ele aparece negociando com uma traficante - que o chama de "patrão". "Eu nem comprei maconha nessa semana para não me comprometer", diz no áudio.

Já o coordenador-geral, Robinson Nascimento dos Santos, foi preso em casa, no Jabaquara, zona sul da capital. Segundo a Polícia Civil, o imóvel é de classe média alta e Santos também seria dono de uma casa de shows, chamada "Caldeirão". Ele é acusado de coordenar a distribuição de drogas na região da Cracolândia, bem como de cuidar da contabilidade dos criminosos

Santos seria cabo eleitoral do candidato a vereador Manolo Wanderley, do PCdoB. Segundo as investigações, Santos recebeu dinheiro para captar votos dos moradores da ocupação no Cine Marrocos. A direção estadual do partido informou que não localizou o responsável pelo diretório municipal para comentar o caso.

A vice-presidente do movimento, Lindalva Silva, também foi presa em casa, no bairro da Saúde, zona sul. Para a polícia, ela participava da contabilidade do tráfico e da distribuição do crack. "A vice-presidente mora em uma casa de alto padrão", afirma Fontes. Segundo ele, nenhum líder do movimento morava nas ocupações. Todos têm imóveis e outros bens. A reportagem não localizou representantes do MSTS para comentar o caso.

Para a Polícia Civil, os integrantes da diretoria são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e nunca atuaram na área de habitação. "O único interesse era o tráfico de drogas e estruturar o PCC dentro dos movimentos de moradia", afirmou Fontes.

Alvo da operação, o prédio do Cine Marrocos seria o quartel-general do PCC na Cracolândia. Lá, criminosos se reuniam para contabilizar o dinheiro e definir o que fariam com traficantes devedores.

Ocupação. Moradora desde o primeiro dia na ocupação Cine Marrocos, a aposentada Magdalena Pedro Godói, de 80 anos, se mostrou surpresa ao saber da suspeita de tráfico no edifício. "Se eles fizeram, foi muito escondido", disse ela, que tem problema vascular e caminha com apoio de bengala.

Ontem, após descobrir que os elevadores não estavam funcionando, a aposentada teve de descer quatro andares de escada.

Com uma carteirinha de sócia do MSTS, que a identifica como participante do "Grupo Cine Marrocos", Magdalena defendeu os líderes do movimento. A aposentada chamou Brito de "nosso patrãozinho". "Ele tirava dinheiro do próprio bolso para a gente comer. Até carne já comprou para as famílias aqui. É pessoa boa, é limpo."

Segundo a aposentada, Dalva, como chamam a vice-presidente do MSTS, "sempre deu o sangue" pelos moradores do prédio e cozinhava para as famílias em eventos. Certa vez, a vice-presidente chegou a fazer sobremesa de sagu para os integrantes do grupo. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que não registrou nenhum incidente no prédio.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Trocado por argentino, songo mongo Suplicy pede em carta que Marta não troque Dilma por Temer

Após ser recebido por Dilma, que o evitou por anos, o songo mongo ex-senador do PT virou o melhor amigo da presidenta.

O ex-senador Eduardo Suplicy decidiu fazer um apelo à ex-mulher, Marta Suplicy, a respeito do posicionamento da peemedebista sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Nas redes sociais, ele postou um vídeo explicando sua atitude, no qual recorda da proximidade que a candidata à Prefeitura de São Paulo teve com a presidente afastada até pouco tempo atrás.

"Escrevi à Marta pedindo que ela lembre de todas as coisas das quais participou como companheira do PT, tendo merecido a confiança da presidenta Dilma, que a designou ministra da Cultura. Que ela possa refletir um pouco", escreveu Suplicy sobre o impeachment nas redes sociais do Partido dos Trabalhadores – que tem ele como principal nome para disputar um cargo de vereador na Câmara Municipal paulistana.

"Em 2010, nós votamos na senadora Marta, que era nossa companheira. Queria sugerir a vocês [eleitores do PT] que escrevam uma carta falando sobre os seus sentimentos. Ainda hoje [na quinta-feira] ela votou pela continuidade do processo do impeachment [na comissão especial do Senado].

Marta vs PT
Filiada ao PT por mais de 30 anos, Marta abandonou o partido somente no ano passado, quando migrou para o PMDB e anunciou a decisão de disputar a Prefeitura da capital paulista – cargo que Fernando Haddad pretende manter pela sigla nas eleições de 2016.

Lindbergh Farias: De cara pintada a mala sem alça, senador é incluído em inquérito da Lava Jato

O nome do senador Lindbergh Farias acaba de ser incluído em um inquérito que corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal, (STF), onde é apontado pelo recebimento de recebeu R$ 2 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez.

A informação foi confirmada em delação premiada e homologada, feita pelo presidente da empreiteira, Otávio Azevedo. O ministro do STF, Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, atendeu à um pedido formulado pela Polícia Federal e se baseou em parecer favorável da Procuradoria Geral da República, (PGR).

Na delação do presidente da Andrade Gutierrez, constam vários encontros com Lindbergh nos quais foram feitos os repasses em dinheiro de propina oriundo do esquema de desvios da Petrobras, afirmando que a propina era "pura, puríssima".

Em que país Lula vive? "Eleitores devem cassar votos de senadores pró-impeachment", diz

Em evento que oficializou a candidatura do vereador Fábio Inácio (PT) à Prefeitura de Cubatão, no Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os eleitores "cassem" em 2018 o voto dos senadores que apoiarem o impeachment de Dilma Rousseff.

Nesta quinta (4), a comissão especial do Senado que analisa o processo contra a presidente afastada aprovou por 14 votos a 5 o parecer que pede a cassação da petista. O caso vai a plenário na terça (9) e, se aprovado, Dilma será julgada. Para afastar a presidente definitivamente do cargo, são necessários ao menos 54 de 81 votos dos senadores.

"Os senadores que cassaram a Dilma cassaram os votos de vocês", afirmou Lula na noite desta quinta. Apesar do apelo, o ex-presidente tem afirmado a interlocutores que a volta de sua sucessora ao Planalto é improvável.A declaração foi uma das poucas menções ao nome e Dilma no discurso do petista, que falou rapidamente no evento. O jingle de sua campanha à reeleição, em 2006, deu o tom do ato. Os alto-falantes da convenção municipal do PT em Cubatão transmitiam: "Lula de novo com a força do povo".

Nesse clima de campanha, Lula falou sobre seu governo. "Nunca na história desse país um presidente investiu tanto nas universidades públicas como eu investi", afirmou. Ficha suja, evitou, porém, comentários diretos sobre uma possível candidatura em 2018, que tem mencionado como possibilidade.

Lembrou também a aprovação da Lei Maria da Penha, que completa dez anos. "Mulher não é feita para ser saco de pancada", disse para o ginásio não muito cheio.

O ex-presidente culpou a agenda lotada pela brevidade do discurso. Nesta semana, o ex-presidente foi ao Nordeste para participar de convenções em três cidades.

Nesta sexta, ele deve participar de convenção em seu berço político, São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Enquanto Rui Falcão defende Lula, Dilma pede 'apoio do povo' contra 'golpe'

Depois de a presidente afastada Dilma Rousseff responsabilizar o PT por eventuais irregularidades em sua campanha presidencial e dizer que a sigla precisa fazer uma reavaliação, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, jogou um balde de água fria na última cartada da presidente para se livrar do processo de impeachment: um plebiscito sobre a realização de novas eleições ainda neste ano.

Após reunião da executiva do PT, Falcão descartou a proposta, que classificou de “inviável”, uma vez que todo o processo para a convocação de novas eleições consumiria dois anos, coincidindo com 2018. Falcão disse ainda que discorda politicamente da iniciativa, já que a presidente estaria abrindo mão de seu próprio mandato. Ao falar sobre a hipótese de os senadores votarem contra o impeachment diante da promessa de novas eleições, Falcão disse não querer artifícios para “tentar enganar quem não vai ser enganado”.

Ao mesmo tempo em que “isolou” Dilma, Falcão anunciou a decisão do partido de lançar um memorial em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caderno reunirá todos os argumentos da assessoria jurídica do Instituto Lula contra a investigação ao petista feita pela Lava Jato. O presidente do PT explicou, porém, que a executiva não fez qualquer manifestação formal contra a aprovação do pedido de impeachment de Dilma pela comissão especial do Senado porque o resultado “já era previsível”. Uma grave omissão dos governos do PTLula diz se sentir provocado a disputar eleições de 2018Esquerda do PT teme 'ruptura' interna

Para Falcão, Dilma deverá sinalizar com mudanças na política econômica e recomposição de seu governo se quiser conquistar votos contra o impeachment no Senado Federal. Presidente do PT do Rio, Washington Quaquá disse que Dilma deveria rever medidas, como sua política econômica. Segundo Quaquá, a presidente “contrariou sua base partidária” e “não ajudou em nada a sigla”. Sobre a possibilidade de derrota do impeachment, Quaquá afirmou que “só acontecerá se os senadores ficarem honestos”.

Apoio da militância
Dilma Rousseff publicou um vídeo no Facebook em que convoca a população que a apoia para mais um esforço: a mobilização nas ruas contra o impeachment, que deverá começar a ser decidido no plenário do Senado no final do mês. No vídeo, Dilma diz que “é possível reverter o jogo com a mobilização das ruas e a consciência” dos senadores. “Nesse mês que falta até o momento do julgamento, eu acho que seria muito importante a mobilização de todos, a dedicação de todos, porque nós podemos reverter esse jogo. E, para reverter esse jogo, faltam duas coisas: falta esse sentimento que vem forte quando ele vem das ruas e, é óbvio, a consciência dos nossos senadores”, disse.

Indecisa
Defesa. Dilma ainda não decidiu se vai ao Senado para se defender no processo de impeachment. “Minha opinião é o que a presidenta decidir”, disse o advogado dela, José Eduardo Cardozo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

"Socialistas oprimidos" pediam 'Fora Temer' na Starbucks. Farra acabou

Socialismo só é bom para os outros. Defensores da igualdade não se acanhavam ao ir em cafeteria para clientes de alto poder aquisitivo para denunciar o 'golpe' contra a 'pobre presidenta Dilma'. Para quem é oprimido e explorado, até que estes ai tinham muito dinheiro para a brincadeira. Agora a farra acabou!

Após grande repercussão nas redes sociais com divulgação de vídeos e fotos, agora funcionários da Starbucks no Rio e em SP têm dito a clientes que não podem mais pedir que eles escrevam "Fora Temer" nos copos de bebidas. Na cafeteria da marca, os atendentes anotam o nome escolhido pelo comprador nos recipientes de café e chá para facilitar a retirada do produto.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal 'Folha de S. Paulo', diversos clientes vinham dizendo a frase no lugar de seus nomes, o que levava os balconistas a gritarem "Fora Temer" no meio do estabelecimento para chamá-los.

Muitos dos clientes que criavam a situação com os funcionários, depois publicavam as imagens nas redes sociais.

A Starbucks diz que é uma marca apartidária e que "orienta os colaboradores a manter o mesmo posicionamento".

É o fim Dilma! Parecer da Comissão do Impeachment já foi recebido no Plenário do Senado

O parecer do senador Antonio Anastasia, a favor da pronúncia da presidenta Dilma Rousseff no processo de impeachment, aprovado hoje (4) na comissão processante, foi recebido esta tarde pelo plenário do Senado.

Com base no conjunto probatório recolhido pela comissão nos últimos meses, o documento recomenda que o processo tenha continuidade e que a presidenta vá a julgamento por ter cometido crime de responsabilidade na edição de decretos de suplementação orçamentária e nas chamadas pedaladas fiscais – operações de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil para o pagamento do Plano Safra.

A sessão do plenário foi aberta rapidamente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), logo após a reunião dele com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e os líderes partidários da Casa, para leitura do recebimento do parecer. Em seguida, a sessão foi encerrada.

Com isso, começa a contar o prazo legal para que o relatório de Anastasia seja votado em plenário a partir de terça-feira (9). A reunião com Lewandowiski serviu para definir detalhes e procedimentos que serão adotados na sessão de votação da pronúncia, tais como tempo de fala de cada senador e número de destaques ao relatório que poderão ser apresentados.

Prova que socialismo não presta: Cubano que desertou no Pan-07 volta ao Rio de "bolso cheio" por país árabe

Há nove anos, no primeiro grande evento esportivo do Brasil, Rafael Capote foi o primeiro dos cubanos a desertar da Ilha após não se apresentar para um jogo da seleção de handebol, no Pan-Americano do Rio. Agora, está de volta à cidade onde tudo mudou na sua vida para disputar os Jogos Olímpicos.

O ex-cubano de 29 anos é a principal estrela da seleção do Qatar, país com tradição em importar atletas de outras nacionalidades, seduzindo-os com bons salários, para reforçar seus esportes individuais e coletivos.

Com 20 anos, Capote era considerado uma das grandes promessas da modalidade na ilha de Fidel Castro. Sua fuga da Vila Pan-Americana, em Jacarepaguá, teve contornos cinematográficos e uma viagem de táxi do Rio para São Caetano do Sul (SP) que lhe custou US$ 300 (R$ 565 na cotação da época).

Aproveitou um dia chuvoso e vacilo de seguranças e chefes da delegação de seu país para dar a maior reviravolta de sua vida. A fuga teve como destino a casa do amigo cubano Michel, que havia desertado em 2005 e estava defendendo o Imes/São Caetano, equipe que foi a casa de Capote nos poucos meses que passou no Brasil. Ficou na equipe do ABC por cerca de um ano até se mudar para a Itália e, dali, engatar a carreira na Europa.

Hoje, com muito mais experiência em seu currículo e sem precisar viver como um asilado político ou fugindo das autoridades do país, Capote deixou para trás o status de promessa para se tornar realidade. No Qatar, encontrou as condições ideais para viver e seguir se destacando no cenário internacional do handebol após passagens por clubes do primeiro escalão da Itália e da Espanha.

Desde o fim de 2013, defende o Al Jaish, onde recebe cerca de 300 mil euros (R$ 877 mil) por temporada, e foi um dos vários escolhidos pela federação local para se naturalizar a fim de fortalecer a equipe para não fazer feio como anfitriã do Mundial. Sites especializados o colocam como o maior salário da história do esporte, somado salário às cifras que ganha para competir pela nova nação.

Foi artilheiro do time no último Mundial, com 36 gols em seis jogos, sendo o principal responsável pela campanha histórica que levou um país sem tradição no esporte ao posto de segunda melhor equipe do planeta.

O Qatar blinda Rafael Capote, que durante o Mundial ocorrido no país, em 2015, recusou entrevistas. No treino da última terça-feira, no Rio, a delegação sequer deixou mostrar imagens dos treinos e vetou entrevistas. Na quarta, o ex-cubano esteve com sua delegação na recepção de boas vindas da Vila Olímpica. Com crachá abaixo do agasalho, disse que não poderia falar com a imprensa por decisão dos chefes de sua delegação.

Apostando em naturalizados, o Qatar foi vice-campeão mundial em 2015 atuando em casa e chega ao Rio como um dos favoritos para buscar uma medalha. A estreia da seleção será no dia 7 de agosto, às 9h30 (de Brasília), contra a Croácia.

Juiz Sérgio Moro é hostilizado por petistas na Câmara dos Deputados

Inicialmente, alguns petistas ousaram ensaiar algumas vaias na recepção ao juiz Sérgio Moro, nesta quinta-feira (4) na Câmara dos Deputados. Foram sufocados por um estrondoso aplauso.

O magistrado da Operação Lava Jato esteve na Câmara como convidado da comissão especial criada para discutir medidas contra a corrupção.

Em seu pronunciamento o juiz Sérgio Moro defendeu o fim do foro privilegiado, pois segundo ele, a prerrogativa fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais.

Ele próprio, que também tem direito ao foro, afirmou que ‘facilmente abriria mão do benefício por ser ‘algo desnecessário’.

Sobre a Lava Jato, para desespero de muitos, ele disse que o trabalho continuará enquanto houver material para ser analisado.

Moro também defendeu a revisão das penas mínimas aplicadas em casos de corrupção e criticou o excesso de habeas corpus levados à Justiça. Como era esperado, dois petistas partiram para uma desrespeitosa afronta, Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ). A tentativa era de desestabilizar o juiz Moro.

Pimenta criticou a ‘seletividade’ e o ‘abuso de autoridade’, mencionando gravação de conversas entre a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pimenta também criticou o instituto da delação premiada.

Wadih Damous (PT-RJ), falou que se vive ‘em tempos de juízes celebridades, procuradores celebridades’, numa crítica indireta a Moro. ‘Sou do tempo em que juiz só falava nos autos do processo, não se pronunciava sobre os casos. Sou de um tempo antigo, de respeito estrito à Constituição’, alfinetou.

Moro, sempre sereno e tranquilo, não se indispôs com os deputados, seria uma discussão inócua.

A Paulo Pimenta, disse apenas que não responderia sobre ‘casos concretos’. Já a Wadih Damous somente reiterou apoio ao pacote do Ministério Público e disse esperar ter o respaldo da Câmara na discussão. Não deu qualquer chance de réplica.

Encerrou aplaudido efusivamente.

Para aparecer, prefeito idiota do Rio quebra tradição de mais de cem anos e envergonha o COI

O Rio continua lindo... e os políticos continuam cada vez mais sem noção e descarados.

Eduardo Paes, o prefeito idiota do Rio de Janeiro, inaugurou uma prática hoje no tradicional momento de carregamento da tocha olímpica — foi o primeiro político no cargo executivo a carregar a tocha desde 1896, em Atenas.

Ou, dito de outro modo, quebrou um protocolo do COI que reza que políticos no cargo não podem carregar a tocha para não misturar excessivamente política e esporte.

Pelo tal protocolo, o prefeito ou chefe de Estado podem apenas segurar a tocha e repassá-la, sem, no entanto, correr com ela — muito menos uniformizado, como fez Paes.

O clima é de descontentamento e constrangimento no COI e entre alguns integrantes da Rio-2016.

Show de abertura das Olimpíadas desiste de assalto a Gisele Bündchen, mas tem Anitta, Gil e Caetano

Um ensaio da cerimônia de abertura da Rio-2016, realizado no Maracanã, na noite desta quarta-feira (3), indicou que o ex-tenista Gustavo Kuerten vai entrar no estádio carregando a tocha olímpica.

Perto do fim da apresentação, de cerca de duas horas e meia, três locutores anunciaram em francês, inglês e português a chegada da tocha.

"A chama olímpica é trazida pelo tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo Ricardo Gomes [sic]", disseram as vozes. Guga foi representado por uma mulher que entrou carregando a tocha. Ela foi passada à "medalhista olímpica de basquete" Hortência — que, segundo fontes ouvidas pela Folha, esteve no ensaio.

Os diretores da cerimônia tomaram precauções para que os segredos não vazassem, introduzindo textos falsos na narração.

Por exemplo, a última pessoa a receber a tocha, para acender a pira, foi apresentada como "campeão olímpico de taekwondo Gabriel Santos" - figura inexistente, cujo perfil mais próximo seria o do campeão pan-americano do esporte Diogo Silva.

Para testar o acendimento da pira, o momento mais aguardado da abertura, o Maracanã foi evacuado.

O ensaio também mostrou uma participação da modelo Gisele Bündchen diferente da do último domingo (31).

Ela continuou entrando em cena desfilando ao som de "Garota de Ipanema", tocada por Daniel Jobim, filho de Tom. Desta vez, no entanto, a cena em que ela era abordada por um rapaz com roupas simples, que acabava perseguido por policiais que o confundiam com um assaltante, foi cortada.

A maior parte das estrelas que participarão da cerimônia esteve no Maracanã para ensaiar nesta quarta.

Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta cantaram juntos clássicos do samba. Paulinho da Viola, Ludmilla, Marcelo D2 e Zeca Pagodinho também participaram do ensaio.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Pokemon Rato é capturado nos corredores do Congresso

Aspirantes a "mestre Pokémon" no Distrito Federal devem se misturar a deputados e senadores nos próximos dias, com o lançamento do aplicativo Pokémon Go no Brasil nesta quarta-feira (3). No início da noite, o mapa já indicava ginásios e "pokéstops" em prédios como o Congresso Nacional e o Ministério do Esporte.

Nesta quarta, a reportagem capturou um Rattata, pokémon similar a uma ratazana, em um dos corredores do Senado Federal.

A expectativa é que os pontos de encontro se espalhem, à medida em que o jogo for instalado em mais smartphones. Nos "pokéstops", os jogadores podem pegar itens que ajudam na captura e nas batalhas. Nos ginásios, os monstrinhos são colocados para batalhar – quem for mais forte assume o comando do prédio.

Por volta das 19h40, o Congresso Nacional era representado no aplicativo como um ginásio de nível 3 comandado por Rhydon, um dos 151 pokémons disponíveis para captura. O Salão Negro, entrada principal do Congresso que dá acesso à Câmara e ao Senado, também é um "pokéstop".

Percorrendo a Esplanada dos Ministérios na noite desta quinta e encontrou pontos similares na maioria dos prédios da União. No Ministério da Agricultura, uma estátua da deusa grega Ceres identifica a localização. Nos ministérios do Esporte e da Justiça, também há pontos.

Mania mundial

Desde que chegou aos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia em 5 de julho, "Pokémon Go" se transformou em um fenômeno. O game dos monstrinhos de bolso valorizou as ações da Nintendo, se tornou mais usado que Twitter e Tinder e provocou todo tipo de fenômeno – de lesões em jogadores a alertas de departamentos da polícia por todo o mundo.

O jogo também causou uma popularização de bebês com nomes de pokémons, pessoas assaltadas por ladrões que usavam o app para atrair vítimas a lugares desertos e até um homem que foi demitido em Cingapura após criticar o país por ainda não ter acesso ao jogo.

Atualmente, "Pokémon Go" foi lançado na América do Norte, vários países da Europa, Japão e outras regiões da Ásia. Segundo John Hanke, presidente-executivo da Niantic, o jogo deve chegar a 200 mercados no total.

Como se o PT não tivesse jogado o Brasil no buraco, "Vampiro" acusa o governo de "orgia fiscal"

O PT e seus filiados é mesmo mestre em transformar a realidade de forma que esta "nova realidade" seja adequada ao seu discurso populista e demagogo.

O ex-líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE), o "Vampiro do listão da Odebrecht, comparou a condução fiscal do governo do PT com a do presidente em exercício, Michel Temer, e disse que o peemedebista faz uma "orgia fiscal". Ele também questionou o apoio da base de Temer no Congresso, que não completou quórum na sessão desta terça-feira (2) para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017.

"Falavam em farra fiscal, mas o que está acontecendo hoje nesse governo interino é uma orgia fiscal. R$ 170 bilhões de déficit fiscal neste ano, R$ 139 bilhões no próximo, suspensão da negociação da dívida dos Estados por dois anos. Se Dilma foi responsável pelo que está aí, esse fantoche interino, o que é?", disse o senador.

Humberto Costa também criticou a falta de quórum na sessão. "O governo com a maior amplitude de sua base de sustentação é incapaz de votar a LDO, incapaz de votar destaques aos vetos", ironizou.

O petista usou os argumentos para defender a presidente afastada Dilma Rousseff durante a sessão da Comissão Especial do Impeachment dedicada à discussão do parecer do relator Antonio Anastasia favorável ao impeachment da presidente. Para Costa, todos os senadores estão cientes de que não há crime de responsabilidade da presidente, mas existe um grupo que votará a favor do impeachment por outras razões que envolvem interesses próprios.

Assim como Costa, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) também adotou um discurso político no momento de discutir o relatório de Anastasia e criticou a atuação da oposição na comissão. "Desde o início deste processo, o que se observa é a tentativa de procrastinação dos trabalhos para que o Brasil continue aprofundando sua crise. Não me venham com discurso de defesa dos menos favorecidos, porque quem defende os menos favorecidos não monta uma organização criminosa para assaltar o País, para construir um projeto de poder", contra-atacou o tucano.

20 senadores participaram dos debates sobre o relatório, mas poucos trataram das questões técnicas do processo. Por mais de uma vez, os ânimos se acirraram com colocações mais agressivas e a sessão precisou ser suspensa por alguns minutos.

Na sessão desta quarta-feira (3), ainda falam a acusação e a defesa para discutir o relatório. A votação do parecer na comissão, entretanto, só acontece na quinta-feira (4) e depois o texto segue para a análise do plenário.

Baba ovo do PT, Paulo Henrique Amorim é condenado a indenizar ministro

Paulo Henrique Amorim foi condenado a indenizar em R$ 40 mil, por danos morais, o ministro do Superior Tribunal Federal Gilmar Mendes. O processo foi julgado na 8ª Vara Cível de Brasília, pelo juiz Leandro Borges de Figueiredo.

O jornalista, atualmente contratado pela Record, precisou se explicar por causa de uma fotomontagem publicada em seu site, segundo o jornal "Folha de S.Paulo". Na imagem, o magistrado aparece com roupas do exército nazista.

Na sentença, foi informado que o apresentador, depois de notificado, voltou a divulgar a charge "em que procurou transmitir a ideia de que ele [o ministro] seria portador de alguma forma de demência".

O âncora se defendeu dizendo que as publicações feitas na página são caracterizadas como livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, prevista constitucionalmente.

Paulo Henrique Amorim é conhecido apoiador dos petistas, tendo se locupletado de generosas verbas públicas ao blogs que apoiavam os governos de Dilma e Lula. Com o impeachment, a mamata acabou! Vale lembrar que Amorim ainda pode recorrer da decisão. A vida não anda fácil para petistas e militontos!

No desespero, Dilma começa a criticar o PT

A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta que o PT precisa admitir seus erros, tanto na questão ética como no uso de verbas públicas, e passar por "uma grande transformação".

Às vésperas do julgamento do processo de impeachment no Senado e já sem muita esperança de conseguir reverter o quadro do afastamento definitivo, Dilma disse que, nesse inventário, o partido deve resgatar sua história, pois só terá "sobrevida" se seus militantes souberem "fazê-lo seguir em frente".

No dia 27, após o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, declararem ao juiz Sérgio Moro que receberam por caixa 2 US$ 4,5 milhões do PT, referentes à dívida da campanha de 2010, Dilma disse que a responsabilidade sobre os pagamentos era da "tesouraria do partido".

"Eu acredito que o PT tem de passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação em que se reconheçam todos os erros que cometeu, do ponto de vista das práticas, tanto da questão ética, da condução de todos os processos de uso de verbas públicas", insistiu ela nesta terça-feira, 2, em entrevista à revista Fórum.

'Autocrítica'
Em mais um sinal de distanciamento de seu partido, Dilma mostrou que não aceitará pagar por erros cometidos por dirigentes petistas. Argumentou, porém, que não é possível confundir falhas individuais com a legenda. "A instituição, que é o PT, tem de ser preservada, tem de ser melhorada, tem de ser democratizada. Mas ela tem de continuar, tem de seguir o seu rumo. As pessoas é que têm de fazer as suas autocríticas", disse, ao comparar o PT a um "grande rio".

O comando do PT não acredita no retorno de Dilma ao Planalto, embora em público dirigentes digam o contrário.

O tom da Carta aos Brasileiros, que ela deve divulgar no próximo dia 10, após a primeira votação sobre o mérito do impeachment no Senado, também provoca divergências entre aliados. Há quem queira que ela mostre disposição para uma guinada à esquerda e quem pregue apoio ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para atrair votos de senadores indecisos.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Sim! Nós temos primeira-dama! Marcela Temer participará de evento oficial

A interina primeira-dama estará ao lado o marido na cerimônia que formalizará a promoção de oficiais generais, além de comparecer à abertura dos Jogos Olímpicos no Rio, nesta sexta (5)


Casada com o presidente em exercício, Michel Temer, a ainda interina primeira-dama Marcela Temer vai participar nesta quarta-feira (3) de seu primeiro evento oficial no Palácio do Planalto. A esposa de Temer estará ao lado o marido na cerimônia que formalizará a promoção de oficiais generais.

O decreto de promoção foi assinado na semana passada por Temer. Segundo fontes do Planalto, por se tratar de um evento militar, que possui regras bastante rígidas, Marcela Temer foi inclusive treinada para garantir que sua participação siga o ritual. Marcela Temer também estará ao lado do presidente em exercício durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no próximo dia 5, no Rio de Janeiro.

Inicialmente, cogitou-se de que além do casal, o filho caçula, Michelzinho, também participasse do evento. No entanto, além do dia intenso de atividades que estão previstas no Rio, pelas regras do Comitê Olímpico Internacional a criança teria que ficar em um local distinto dos pais e por isso Temer decidiu não levá-lo.

O presidente em exercício já tem dito também que a primeira dama avalia a possibilidade de desenvolver trabalhos sociais. A iniciativa, entretanto, só será efetivada após a conclusão do processo de impeachment. No início de julho, após uma série de protestos em frente a sua residência em São Paulo e com a possibilidade de se efetivar no cargo, Temer decidiu trazer a esposa e seu filho caçula para morarem em Brasília.

Na semana passada, Temer e a esposa foram buscar Michelzinho em seu primeiro dia de aula na capital. A movimentação da imprensa na escola irritou alguns pais e alunos. A imprensa foi avisada pela assessoria do Planalto que Temer buscaria o filho na Escola e que poderiam ser feitas imagens.

Acuado, agora réu e sem poder mentir, Lula admite conversas com Delcídio para comprar Cerveró

No primeiro processo em que se tornou formalmente réu, que tramita na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília-DF e em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, ainda na fase de inquérito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve que admitir que manteve conversas sobre os desdobramentos do esquema de corrupção da Petrobras com o ex-senador Delcídio do Amaral.

Lula, sob evidente pressão das perguntas, advindas da minuciosa delação do ex-senador, também teve que admitir que as conversas versaram sobre a prisão de Cerveró. Porém, segundo ele, porque Delcídio estava ‘preocupado com as pessoas que estavam presas, por ser amigo delas’.

A justificativa de Lula é patética. Não convence ninguém, sobretudo quando ele também admite que foram três ou quatro reuniões sobre o assunto.

Ora, convenhamos, quem se reúne ‘três ou quatro vezes’ para discutir sobre a prisão de um corrupto, evidentemente também está extremamente preocupado com o assunto.

As ‘três ou quatro’ reuniões admitidas por Lula, corroboram a versão de Delcídio, de que foi o ex-presidente quem tramou e orientou a tentativa de ‘compra’ de Cerveró.

A 'alma mais honesta do Brasil' está prestes a ver sua máscara cair e é provável que o processo de obstrução de justiça deverá representar brevemente a 1ª condenação do ex-presidente.

Queiroz Galvão é exemplo de 'toda espécie de crime' da Lava Jato

A força-tarefa da Operação Lava Jato concedeu coletiva na manhã desta terça-feira (2), para explicar os detalhes da 33ª fase da Operação Lava Jato, chamada Resta Um, com foco em dirigentes e funcionários da Queiroz Galvão e do consórcio Quip S/A. Para o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a Queiroz Galvão representa "todos os pecados, todas as espécies de crime" da Lava Jato.

Tais crimes seriam os pagamentos via caixa 1, caixa 2, corrupção efetiva através de Alberto Youssef, manutenção de funcionários no exterior e obstrução de investigações, como na CPI de 2009, por meio do tucano Sérgio Guerra.

Os investigadores frisaram que os pagamentos seriam para a campanha do ex-presidente Lula em 2006, mas depois apontaram que há uma série de doações eleitorais, por intermédio de Alberto Youssef, com o envolvimento de "três ou quatro parlamentares" que, contudo, não são alvo desta operação. Segundo a delegada Renata da Silva Rodrigues, a investigação sobre doações eleitorais da campanha de 2006 ainda está em andamento.

Das 32 ordens judiciais, dois mandados não foram cumpridos, de acordo com o delegado Igor Romário de Paula. O ex-presidente da construtora Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente. Eles comandavam o esquema de propinas na empresa. Os dois devem chegar a Curitiba no final da tarde. Moraes ainda teria um posto no grupo Queiroz Galvão, mas Ildefonso Colares Filho teria se desligado.

Sobre o nome dado a nova fase da Lava Jato, "Resta Um", uma referência à investigação do papel da Queiroz Galvão -- a última das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada “Regra do Jogo” --, a delegada Renata da Silva Rodrigues afirmou que ele não significa que a operação esteja perto do fim. Ela garantiu ainda que as declarações sobre corrupção na construtora foram corroboradas por provas documentais.

A delegada disse que houve propina disfarçada em doações eleitorais, contratos simulados com Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, entre outros, em movimentações financeiras "bastante impressionantes". Houve pagamento de propina na Diretoria de Serviços de Petrobras, sob a chefia de Pedro Barusco.

Conforme destacou a delegada, a equipe contou com a ajuda de um vídeo "revelador" da CPI, que mostra o modus operandi dos investigados na intenção de obstruir as investigações.

Durante a coletiva, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima destacou que ainda resta muito a ser feito pela Lava Jato, e que o dia de todos os investigados "vai chegar". Lima contou que houve dificuldades na investigação da Queiroz Galvão, mas que hoje os trabalhos estão maduros.

A procuradora Jerusa Burmann Viecili, por sua vez, ressaltou que o fato de a Queiroz Galvão já ter se envolvido em casos anteriores de corrupção mostra como é "falho" o sistema de justiça criminal brasileiro.

De acordo com os investigadores, a Queiroz Galvão movimentou pelo menos R$ 7,5 milhões em doações eleitorais, mais contratos de R$ 250 mil, um contrato de R$ 1,2 milhão e um contrato simulado de R$ 500 mil. Os pagamentos a Pedro Barusco ainda não foram totalmente rastreados, mas já foram identificados R$ 24 milhões para Renato Duque, de 2010 a, pelo menos, 2013.

Com o consórcio Quip, ao esquema movimentou pelo menos US$ 900 mil. A delegada Renata da Silva Rodrigues apontou que a Quip era uma "continuação" da Queiroz Galvão para serviços de propina e lavagem de dinheiro.

Para "evitar constrangimentos", Teori Zavascki exonera assessor que apoiou Lula em manifesto à ONU

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu exonerar o assessor Manoel Lauro Volkmer de Castilho, que assinou um manifesto em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento foi entregue nesta segunda-feira ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e defendia a decisão dos advogados de Lula de recorrer à Organização das Nações Unidas (ONU) contra o juiz Sergio Moro.

Segundo Teori, foi Castilho quem pediu exoneração "para evitar constrangimento".

— Ele pediu exoneração e eu aceitei. O conteúdo do documento pode aparentemente fazer com que se façam leituras incompatíveis. Ele percebeu isso e tomou a iniciativa — disse.

O ministro fez uma série de elogios ao assessor, disse que eram amigos desde a época da faculdade, mas que diante do gesto político que decidiu adotar, a saída dele do cargo seria a melhor a solução.

— Ele vai me fazer muita falta. Mas para todos os efeitos, o importante não é só ser, mas também parecer. Não pode parecer que, num gabinete que trata de questões criminais importantes, possa haver qualquer dúvida a respeito da isenção — disse.

Teori disse ainda que Castilho não trabalhava na área criminal, ou seja, não era responsável pelos processos da Operação Lava-Jato. Ele ocupava um cargo comissionado de assessor técnico no gabinete do ministro desde novembro de 2014. Desembargador aposentado do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, ele é casado com a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko.

O texto, assinado por mais de 60 procuradores, professores e advogados, afirmava que Lula era "alvo das elites e da oligarquia", que "inconformadas com a ascensão da esquerda ao poder" iniciaram uma "verdadeira caçada ao petista com o apoio da grande mídia".

"Embora tenha deixado a Presidência da República há cerca de seis anos, Luiz Inácio Lula da Silva continua sofrendo ataques preconceituosos e discriminatórios. Agora as ofensas estão acompanhadas de uma tentativa vil de criminalizar o ex-presidente", dizia o documento.

Lula é alvo de diversas linhas de investigação na Lava-Jato, tanto em Curitiba quanto no STF. Na Corte, há um pedido de abertura de inquérito ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff e de inclusão no inquérito-mãe da Lava-Jato. Na semana passada, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, decidiu torná-lo réu sob acusação de obstruir a Justiça ao tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Não escapa: Juiz Moro mantêm ação contra a mulher de Cunha

O juiz Sérgio Moro negou nesta segunda-feira (1°) os pedidos da jornalista mulher do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz para suspender a ação penal contra ela por lavagem de dinheiro e evasão de mais de US$ 1 milhão provenientes de crimes praticados por Cunha no esquema de corrupção na Petrobras.

Em seu despacho, o juiz da Lava Jato analisa ponto a ponto os argumentos da defesa de 140 páginas de Cláudia e até acata em parte alguns, como o pedido para ter acesso à íntegra do processo na Suíça que quebrou o sigilo dela e de seu marido.

Ainda assim, o magistrado afirma que "não se vislumbra" nenhum motivo para suspender o processo.

"Não tem qualquer propósito pretender acesso à integralidade do processo de investigação realizado na Suíça para questionar a sua validade perante os Tribunais brasileiros", assinalou Moro, pontuando que, caso tivesse interesse em questionar aquela investigação que veio para o Brasil, Cláudia Cruz deveria contratar um advogado na Suíça para questionar o procedimento lá

Moro também negou o pedido para colocar em sigilo a ação, mas pediu para que a defesa de Cláudia indique quais documentos que envolvem dados pessoais protegidos por lei que ela deseja colocar em sigilo. O juiz da Lava Jato também negou o argumento de cerceamento e defesa e o pedido para considerar ilegais as provas encaminhadas pela Suíça.

"Não vislumbro na longa peça (de defesa) nenhuma causa de absolvição sumária, como atipicidade manifesta ou a presença manifesta de causa excludente do crime, motivo pelo qual a instrução deve prosseguir", segue o magistrado. Ao final, Moro ainda pede que a defesa de Cláudia explique no prazo de cinco dias o porquê de ter chamado uma testemunha de Cingapura, e que ela providencie as perguntas e a documentação necessária para a cooperação com aquele país.

Ligou o ventilador: Cunha prepara dossiê contra ex-aliados políticos

Prestes a ser julgado no plenário, o ex-presidente da Câmara e deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) prepara um levantamento aprofundado sobre como ajudou seus aliados nos últimos anos. O objetivo é consolidar o material para uma eventual delação premiada na Justiça.

Segundo relatos de deputados, o peemedebista vem coletando informações sobre financiamento de campanhas eleitorais. Também produziu uma "pilha" de documentos com dados sobre distribuição de cargos e empréstimos. Por meio de assessoria, Cunha negou que esteja organizando documentos para delação.

O peemedebista deve esperar algumas semanas e aguardar o resultado da votação da cassação no plenário para depois decidir se vai aderir à delação. A expectativa é de que o processo por quebra de decoro parlamentar seja analisado neste mês. Grupos ligados a Cunha dizem não ver saída para ele e acham que a cassação deve ser aprovada no plenário. Por isso, conselheiros de Cunha defendem que ele renuncie ao mandato para demonstrar disposição de negociar com a Procuradoria-Geral da República.

Só o esvaziamento do plenário poderia salvá-lo da cassação, uma vez que seu sucessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comunicou que só colocará o tema em votação se houver quórum superior a 460 deputados. Embora saiba que as perspectivas são negativas, Cunha dá sinais de que tem esperança de reverter o cenário. Aos mais próximos, diz duvidar de que seus pares votem a favor da cassação e que ainda pode persuadi-los.

Sucessão de derrotas
Após a aprovação do pedido de cassação no Conselho de Ética por 11 a 9, Cunha viu seu recurso contra o processo disciplinar ser rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por 40 votos a 11, integrantes da CCJ aprovaram um parecer contrário às pretensões do peemedebista, e a aposta dos parlamentares é de que o resultado no plenário seja proporcional ao que foi na comissão. Pelas contas de deputados, Cunha teria hoje apenas 40 votos contra a perda do mandato.

Dono do voto que ajudou a sacramentar o destino do peemedebista no conselho, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) disse que está disposto a manter sua posição pró-cassação porque "não tem outra saída". Costa, que pertenceu à "tropa de choque" de Cunha, disse que sabe o quanto ele ficou insatisfeito com a mudança de voto na última hora, mas que nada o impede de manter sua opinião. "Não tenho compromisso com Eduardo Cunha, não sou do time do Cunha. Ele nunca me ajudou, não devo nada a ele, nem meu mandato", afirmou. Defesa

Afastado há quase três meses das atividades parlamentares por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha vem preparando um mandado de segurança que deve ser apresentado à Corte para tentar impedir que o plenário da Câmara paute a votação. É considerada a última cartada para atrasar o processo, uma vez que na Casa não há mais manobras regimentais possíveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Gilmar Mendes avisa a Lula: "Manobras, tentativas de escapar do processo judicial, isso não resulta efetivo"

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, classificou como uma ação "precipitada" a denúncia feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra o Estado brasileiro. A peça foi encaminhada ao organismo internacional no último dia 18, com críticas ao que o ex-presidente considera "abuso de poder" do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava-Jato.

— No mínimo eu diria que é uma ação precipitada, mas deve ter uma lógica no campo político, onde o ex-presidente atua com maestria. Portanto não me parece que seja uma questão a ser analisada no plano jurídico, me parece que é mais uma ação de índole política — afirmou o ministro, ao chegar para a sessão de abertura do semestre judiciário no STF.

Ele destacou que o ex-presidente é alvo de investigações da Lava-Jato que ainda estão em curso e que a denúncia oferecida contra o petista até o momento é de competência da Justiça em Brasília e não em Curitiba, onde a apuração é conduzida por Moro.

Na última sexta-feira, a Justiça Federal em Brasília aceitou denúncia contra Lula, o senador cassado Delcídio Amaral, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e mais três pessoas. O grupo é acusado de operar para obstruir as investigações da Lava-Jato, com tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

— Tantas pessoas a esta altura já responderam a esse juízo de Curitiba sem nenhum reparo. Aqui ou acolá sempre surge uma crítica ou outra, mas para isso existem também os tribunais, o TRF, o STJ, o próprio Supremo. Muitas questões já foram e estão sendo avaliadas em sede de habeas corpus — completou o ministro, sobre a condução dos processos da Lava-Jato por Moro.

Mendes sugeriu que tentativas de "manobrar" para escapar do processo judicial na Lava-Jato não têm tido efeito na Justiça. Questionado sobre a situação de Lula, que deve responder perante a Justiça Federal em Brasília, Gilmar sugeriu que as investigações têm seguido independentemente do local responsável pela condução do caso.

— A competência tem que ser definida. Não adianta ficarmos debatendo. Os senhores se lembram que lá atrás já tivemos também embates, no caso do Paulo Bernardo – se a matéria ia para Curitiba, se ia para São Paulo. O resultado acaba sendo o mesmo. Como também fizemos um procedimento mais complexo para o impeachment e eu disse: 'olha, problema de falta de votos não se resolve no Tribunal'. E os senhores viram que a questão acabou sendo decidida. Em suma, são manobras, tentativas de escapar do processo judicial, mas isso não resulta efetivo — completou Mendes.

No caso do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, a investigação saiu das mãos do juiz Sérgio Moro e ficou sob responsabilidade da Justiça em São Paulo, após o STF decidir pelo fatiamento de um dos braços da Lava-Jato. Na ocasião, Gilmar Mendes foi um dos votos vencidos no debate em plenário, ao defender que o caso permanecesse em tramitação em Curitiba.

Socialismo só é bom longe! Cubanos aproveitam Olimpíada para comer MC Donald´s

Longe da ilha socialista onde falta tudo, atletas cubanos aproveitam a liberdade e vão à lanchonte MC Donald´s para comer sanduíche.

"A gente come sempre. Em Cuba não tem MC Donald's(risos), mas em todo o mundo tem. E a gente compete no mundo todo. Não é uma novidade. Talvez seja para vocês, brasileiros, ver a gente comer no MC Donalds. Para nós, não", brinca Julio Ordogui, psicólogo da equipe de boxe cubana.

Cansados de ter de dar declarações sobre a política cubana em vez de esporte, os pugilistas estavam mais interessados nos sanduíches do que em polêmicas sobre problemas recorrentes na ilha. A preocupação na Vila dos Atletas é apenbas representar uma escola que tem como ícones Félix Savón, tricampeão olímpico e hexacampeão mundial, Teófilo Stevenson, tricampeão mundial e tricampeão olímpico, e Ángel Herrera, bicampeão olímpico e tricampeão mundial.

"Temos muito orgulho do boxe cubano e de representar nosso país. Sabemos da importância do esporte em Cuba e queremos fazer o melhor, ainda mais no Brasil, um país que tem tanto carinho por nós", disse Iglesias, ao lado dos também boxeadores Julio de la Cruz, Joahnys Argilagos e Yosvany Veitía.

Parece piada, mas show de abertura das Olimpíadas terá assalto a Gisele Bundchen, diz jornal

Parece até piada, mas a informação foi divulgada pelo Jornal carioca "O Dia".

Foi tudo muito lindo e perfeito no ensaio geral da abertura das Olimpíadas, ontem no Maracanã, porém… uma cena marcou muito o público. No momento em que o funk carioca é exaltado, está no roteiro a entrada de super top model brasileira Gisele Bundchen desfilando como se fosse a Garota de Ipanema em um imenso calçadão mas parecido com uma passarela. No meio do percurso, Gisele será assaltada por um menino! É isso mesmo: assaltada!

Ainda seguindo o roteiro, de repente, surgem dois policiais que prendem o pivete e, como num filme com final feliz, Gisele abraça o assaltante e todos comemoram. Parece estranho essa “homenagem” ao Rio. E é!

No último domingo, o público e os participantes do espetáculo se perguntavam qual o objetivo desta encenação. “Sou do elenco, não achei essa parte legal, nós já reclamamos! Está tudo tão lindo que não se pode colocar em risco por conta desta parte”, disse um integrante da coreografia, que completa: “Essa cena gerou má interpretação. Espero que ela não aconteça.”

Rui Falcão diz que Lula é alvo de ação truculenta para impedir candidatura em 2018

Em matéria de falar asneiras, ninguém ganha do presidente do PT, Rui Falcão, que nesta semana publicou um artigo no site do PT onde diz que o "pobre cumpanheiro" Luis Inácio Lula da Silva é alvo de ação truculenta.

Rui Falcão cria um enredo fantasioso de filme de espionagem ao dizer que "a trama sinistra e há muito conhecida por todos nós avançou na última semana. Coincidência ou não, bastou os advogados de Lula protocolarem uma petição no Comitê de Direitos Humanos da ONU, contra a “falta de imparcialidade” e “abuso de poder” do juiz Sérgio Moro, para que a Justiça Federal de Brasília transformasse o ex-presidente em réu."

E continuou:
O objetivo, pérfido e truculento, é impedir, a qualquer custo, uma candidatura do Lula em 2018. Como a campanha de mentiras e ataques tem sido inútil para retirá-lo da liderança nas pesquisas, trata-se de tornar Lula inelegível através de uma eventual condenação – ainda que inconteste a inocência do maior líder popular do Brasil.

Na última semana a defesa de Lula enviou documento à ONU reclamando da imprensa e da Justiça brasileiras. No documento encaminhado à ONU, os advogados que defendem o Lula (Cristiano Zanin e Geoffrey Robertson, australiano que integrou a corte de apelações da ONU) afirmam que o juiz e procuradores da Lava Jato, além de cometerem abuso de poder, violaram a Convenção Internacional de Direitos Políticos e Civis, da qual o Brasil é signatário.

Ao tentar escapar da punição de suas inúmeras falcatruas, Lula e Rui Falcão não se cansam de se expor ao ridículo!

Baixada Fluminense cria "Tocha da Vergonha" para protestar contra descaso do governo

Enquanto a Tocha Olímpica Rio 2016 chegou hoje (30) à cidade serrana de Nova Friburgo, passando por Teresópolis, Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, movimentos sociais promoveram, na Baixada Fluminense, outro revezamento contra a violência na região, chamado de revezamento da Tocha Olímpica da Vergonha.

Preta e sem fogo para simbolizar o luto e com manchas vermelhas imitando sangue no lugar das cores da bandeira nacional, a tocha é para lembrar as vítimas da violência na Baixada Fluminense. A tocha passou por nove municípios.

Segundo um dos coordenadores do Fórum Grita Baixada, Douglas Almeida, o protesto não é contra a Olimpíada, mas contra o descaso dos governantes com a região. “A gente protesta pela forma como foram feitas as Olimpíadas e como o povo da baixada está abandonado, com um grande descaso das autoridades e sentindo essa dor da insegurança”.

De acordo com ele, com os Jogos Olímpicos e os grandes eventos no Rio de Janeiro, a política de segurança e a criação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mais casos de violência passaram a ser registrados na Baixada Fluminense. “Sempre existiu a violência, mas foi configurando nesses últimos anos de uma forma mais forte, de 2010 ou 2011 para cá e nesse processo nós identificamos [o aumento da violência]. Só este ano, de janeiro a maio, foram 807 mortos aqui na Baixada, pelos dados oficiais do ISP [Instituto de Segurança Pública], sem contar a subnotificação”.

Para Almeida, as ações de segurança têm privilegiado os locais da Olimpíada e as regiões turísticas e “esqueceu das regiões periféricas”. “As UPPs também têm uma grande influência nesse aumento da violência. Agora também, no período das Olimpíadas, como foi na Copa do Mundo, a gente vê que há um reforço na região turística, na região olímpica, e uma redução de efetivo na Baixada Fluminense, que também influencia nessa questão da violência”.

O trajeto começou às 8h em Paracambi e percorreu 80 quilômetros por toda a região, passando por Japeri, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, São João de Meriti e Duque de Caxias, onde o ato se encerrou no fim da tarde. Durante o percurso, policiais acompanhar o ato, que foi pacífico e teve participação da população.

Paulo Bernardo é o "Patrono" de organização criminosa, diz PGR. Falta dizer que o "capo" é Lula!

A denúncia da Operação Custo Brasil aponta que o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (Governo Lula) era o 'patrono' do esquema Consist - empresa de software que teria desviado R$ 102 milhões de empréstimos consignados.

A denúncia contra Paulo Bernardo e outros dezenove acusados foi apresentada nesta segunda-feira, 1. O ex-ministro foi preso na Operação Custo Brasil e solto depois por ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

O Ministério Público Federal acusa formalmente Paulo Bernardo pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia diz que ele participava diretamente da operação que resultou nos desvios.

Paulo Bernardo ocupou a Pasta entre 2005 e 2011, mas continuou 'a receber sua parte' mesmo quando foi para o Ministério das Comunicações, entre 2012 e 2015. E-mail apreendido na operação, afirma a denúncia, aponta que o ex-ministro era tratado por um dos integrantes do esquema como o 'patrono' da organização.

A Procuradoria da República afirma que o dinheiro da propina era repassado aos agentes públicos por intermédio de parceiros que ficava, encarregados de elaborar contratos simulados com a Consist e distribuir os recursos entre os destinatários finais.

A parte que cabia ao PT era objeto de contratos simulados com empresas indicadas pelo então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Segundo a denúncia, o dinheiro era entregue 'em espécie' ao petista.

Segundo o procurador da República Andrey Borges de Mendonça, o ex-ministro tinha 'atuação bastante importante' para que o acordo com a Consist fosse em frente.

A denúncia aponta que a fração inicial de Paulo Bernardo era de 9,6% do faturamento da Consist, porcentual que caiu para 4,8% em 2012 e para 2,9% em 2014.

Os recursos pagavam honorários do advogado Guilherme Gonçalves, despesas pessoais do então ministro e os salários de ex-assessores e do motorista de Paulo Bernardo.

A Procuradoria revela que chegaram a R$ 17,4 milhões os repasses para João Vaccari Neto. Segundo a denúncia, esse montante fluiu pelas contas de três empresas indicadas pelo ex-tesoureiro do PT - CRLS Consultoria e Eventos LTDA (R$ 309 mil), Politec Tecnologia da Informação Ltda (R$ 1,975 milhão) e Jamp Engenheiros (R$ 15,1 milhões).

domingo, 31 de julho de 2016

Novidade para você? Delatores apontam pagamento de propina para Sérgio Cabral

Em delações de três diferentes empreiteiras, o ex-governador Sérgio Cabral aparece como personagem principal em esquemas de propinas. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo deste domingo (31), as denúncias devem vir à tona após o encerramento dos Jogos Olímpicos.

Um delas é a Carioca Engenharia, cujos executivos já deram seus depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), mas recentemente fizeram um complemento à delação premiada. Seus controladores entregaram à força-tarefa da Lava Jato provas que incriminam, como recebedores de propinas, Sérgio Cabral e Wilson Carlos, seu ex-secretário de governo.

Na Justiça Federal do Rio de Janeiro, começam a ser dados os depoimentos de Alberto Quintaes, ex-diretor da Andrade Gutierrez no estado. De acordo com delação de um outro executivo da empreiteira, eram Quintaes o responsável por entregar em mãos a propina para um operador indicado pelo ex-governador do Rio.

No caso da Odebrecht, cujos depoimentos se iniciaram nesta sexta-feira (29), a expectativa é que haja maior detalhamento sobre os bastidores da licitação para a concessão do estádio Maracanã, já que ela integrou o consórcio que reunia a empresa de Eike Batista. Em junho, durante tratativa para negociação de delação, a empreiteira revelou à Lava Jato que Cabral cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.

As planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal em março deste ano já mostravam o nome de Sérgio Cabral como beneficiário de R$ 2,5 milhões pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô do Rio. Já a reforma do Maracanã, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1,2 bilhão.

EUA não quer corrupto do Brasil e nega visto a Romero Jucá

Ministro informal do governo interino de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) teve seu pedido de visto negado pelo governo norte-americano para uma viagem aos Estados Unidos. A solicitação de visto foi realizada no início deste mês, pouco antes do recesso parlamentar. O motivo teria sido o fato de Jucá ser investigado na Lava Jato, segundo a coluna de Jorge Moreno Bastos, no jornal O Globo deste sábado (30).

Jucá ficou conhecido por ser o primeiro ministro a pedir demissão no governo de Temer, depois de vir a público uma gravação na qual ele ele defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff para "estancar a sangria" da Lava Jato, numa tentativa de interromper as investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras.

Embora tenha deixado o Ministério do Planejamento logo após o escândalo das gravações do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, Romero Jucá é, atualmente, um dos nomes que integram o chamado "núcleo duro" do Palácio do Planalto. Sua participação no governo faz com que Temer cogite a possibilidade de reintegrá-lo oficialmente na Esplanada dos Ministérios.

A vida de marajá do antes vice Michel Temer

Durante o período em que foi vice-presidente de Dilma Rousseff, o atual presidente em exercício, Michel Temer, ostentou viagens grandiosas e caras e, em alguns casos, chegou a solicitar ao Itamaraty mais recursos para pagar as despesas. O levantamento feito pela Folha de São Paulo leva em consideração os dados de telegramas produzidos por embaixadas brasileiros e divulgados pela Lei de Acesso à Informação.

Quando Temer viajou para Turquia em 2012, a União gastou US$ 16 mil (R$ 52 mil) por três diárias em um quarto duplo em um hotel de luxo em Istambul, onde se hospedou. Ele esteve no país entre o dia 30 de maio e o dia 2 de junho para o evento "2ª Conferêmncia sobre a Somália", abertura do Fórum de Parceiros de Aliança das Civilizações e de encontros com autoridades.

Cerca de 30 pessoas acompanharam o então vice-presidente na viagem, entre servidores do Itamaraty, assessores e militares da equipe de segurança. A comitiva gastou US$ 56 mil apenas em diárias em dois hotéis, fora US$ 21 mil em aluguel de veículos, incluindo duas Mercedes Benz, seis BMW, quatro vans Sprinter com capacidade para 12 pessoas cada, dois Mondeo e até um caminhão-baú para bagagens.

Foram mais de US$ 4.000 por aluguel de duas salas no hotel para reuniões e entrevistas e US$ 2.100 por um intérprete em período integral. Durante dois dias, Temer teve ao seu lado um fotógrafo turco exclusivo, também em período integral, e gastou US$ 944 pelo serviço prestado pela Kristal Fotograf.

Ao todo, e sem contar despesas com deslocamento por avião e diárias dos servidores, a ida de Temer a Istambul custou cerca de R$ 328 mil. Todos esses gastos tiveram que ser assumidos pelo Itamaraty, em Brasília, a partir de "solicitações de recursos" enviadas pelo embaixador Marcelo Jardim.

Além disso, entre 2011 e 2016, o então vice fez pelo menos 15 viagens internacionais. Deslocamentos com grandes comitivas aparecem com frequência nos telegramas enviados pelas embaixadas ao Brasil. Quando a embaixada pedia mais dinheiro, os valores apareciam. Em setembro de 2011, por exemplo, o cônsul-geral do Brasil em Nova York (EUA), Seixas Corrêa, solicitou US$ 45 mil (ou R$ 145 mil) para que pudesse pagar a empresa de aluguel de carros Peniel Limousine Service, contratada pelo critério do menor preço, para a viagem de Temer. A explicação foi que, "de acordo com o costume local, o pagamento deve ser antecipado".

Para o deslocamento, o Itamaraty alugou cinco noites de uma suíte luxo para Temer e sua mulher, Marcela, e mais dez apartamentos duplos e seis singles para a equipe de segurança. O motivo foi a participação no "3º Fórum de Desenvolvimento Sustentável", criado pelo empresário Mario Garnero. Neste caso, os valores das diárias não foram revelados nos telegramas.

A agenda da viagem a Nova York diz que não houve compromissos oficiais no dia 24 daquele mês. No dia seguinte, um domingo, seu único compromisso foi ir a concerto da Orquestra Filarmônica Bachiana, sob a regência do maestro João Carlos Martins, no Lincoln Center.

Pouco depois da passagem por Nova York, Temer teve uma viagem mais emotiva. Entre 18 e 22 de novembro de 2011, foi a Beirute, capital do Líbano, e a Btaaboura, descrita pela embaixada como "a cidade natal dos Temer", "local de origem dos pais do vice-presidente, que emigraram ao Brasil na década de 20".

Os gastos dessa viagem também não foram revelados nas mensagens diplomáticas. Em telegrama, o embaixador resumiu: "Em momentos de descontração e informalidade, Temer inaugurou rua com seu nome, participou de almoço típico oferecido pela comunidade local, visitou a antiga casa dos pais e reencontrou parentes. No retorno a Beirute, passou pela cidade turística de Jbeil (Biblos)".

Resposta
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou que Michel Temer, quando vice-presidente, "sempre procurou economizar recursos públicos em seus deslocamentos ao exterior" e que ele empregava equipes com número reduzido de auxiliares em viagens nacionais e internacionais e optava, sempre que possível, pela hospedagem mais econômica compatível com o seu cargo. "Além do que, em muitos países, a hospedagem era oferecida e paga pelo governo local, como é praxe diplomática."

A secretaria informou que Temer, na vice-presidência, só fez viagens oficiais com o objetivo de estreitar relações políticas, solucionar problemas diplomáticos e atrair investimentos ao Brasil.



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