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sábado, 10 de setembro de 2016

Após STF dizer que Lula recorre para 'embaraçar investigações', petista apela novamente contra Juiz Moro

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta sexta-feira, 9, com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte. No início da semana, Zavascki rejeitou a alegação da defesa de Lula de que o juiz federal Sérgio Moro, responsável por conduzir as investigações da Lava Jato na primeira instância, estaria usurpando a competência do STF ao apurar fatos envolvendo um esquema de corrupção na Petrobras que já estão sob análise pela Suprema Corte.

Ao negar o pedido da defesa, Teori alegou advogados que defendem o ex-presidente vêm apresentando “diversas tentativas” no sentido de “embaraçar as apurações”. A defesa de Lula decidiu agora impetrar um agravo regimental, que é um recurso ao plenário ou a uma turma do STF contra despacho de ministro.

“É deveras e profundamente preocupante que o exercício do direito constitucional de defesa, com combatividade e determinação, possa ser encarado na mais alta Corte de Justiça do País como fator de entrave às investigações ou ao processo, em vez de estrito cumprimento de mandamento constitucional. Ressalte-se que não basta a defesa meramente formal ou retórica, de salão; deve ela ser efetiva, concreta e tão ampla quanto mandam a Constituição e a lei”, sustentam os advogados de Lula.

“Registre-se, ainda, que em um Estado – que se pretende Democrático e de Direito — todo cidadão, incluindo o Agravante, tem o sagrado direito de se valer dos recursos e instrumentos processuais previstos na legislação, como forma de impugnar decisões judiciais que considerar injustas e ilegais – máxime no âmbito da persecução penal. É a ordem pública que assim o exige!”, prossegue a defesa do ex-presidente. A defesa de Lula ainda alega que “a dura realidade dos fatos” indica a necessidade de a defesa atuar “com independência e pugnacidade, pois há um deplorável histórico de arbitrariedades e ilegalidades em primeiro grau”.

Fatos
Para o ministro Teori Zavascki, o inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal investiga a suposta participação de Lula em uma organização criminosa que desviava dinheiro da Petrobras, enquanto que a 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba apura outros fatos relacionados a possível recebimento de “vantagens indevidas”.

“Apesar de os fatos investigados no Supremo Tribunal Federal (…) possuírem correlação com aqueles que são objeto de investigação perante a 13ª Vara Federal de Curitiba, não houve demonstração da usurpação, pela autoridade reclamada, da competência desta Corte, tendo em vista que agiu conforme expressamente autorizado”, argumentou Teori na ocasião. A defesa de Lula quer que a decisão anterior do ministro seja reconsiderada. Caso não o seja, os advogados pedem que o recurso seja submetido à análise do colegiado do STF.

Últimos petistas com 'boquinha' no governo federal são exonerados. O Brasil comemora!

A faxina no governo federal e a a despartidarização petista da política nacional continua para alegria de todos os brasileiros que sofreram com os 13 anos de desgoverno petista. Os poucos petistas que ainda mantem sua 'boquinha' aos poucos são exonerados da máquina estatal.

Uma portaria da Casa Civil publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira exonera diversos integrantes da equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Os doze servidores exonerados faziam parte da chefia de gabinete ligada à Presidência da República, e trabalhavam com Dilma no Palácio da Alvorada durante o período em que ficou afastada.

Foram exonerados os seguintes assessores especiais do gabinete pessoal e do gabinete adjunto da Presidência da República: Bruno Gomes Monteiro, Daisy Aparecida Barreta, Deise Veridiana Fortes Ramos, Elisa Smaneoto, Jorge Rodrigo Araújo Messias, Maria da Solidade de Oliveira Costa, Mário Renato Gomes Marona, Marly Ponce Branco, Roberto França Stuckert Filho, Rosemeri Duarte Ferreira, Eden Valadares Santos e Sandra Marcia Chagas Brandão. Jorge Messias era o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil quando Dilma ocupava a Presidência, e Stuckert era o fotógrafo oficial do Planalto.

Dois integrantes da equipe de Dilma passarão a exercer a função de assessores especiais de ex-presidente da República: Olímpio Antônio Brasil Cruz, atual assessor de imprensa, e Paula Zagotta de Oliveira.

Como ex-presidente, Dilma não receberá salário, mas terá direito a oito servidores, sendo dois assessores, quatro seguranças e dois motoristas, além de dois carros. Todas as despesas relacionadas à gestão dos servidores e dos dois veículos serão custeadas pela Casa Civil, com recursos do Tesouro Nacional.

Songo mongo Suplicy vira escudo de baderneiros em ato 'Fora Temer'

Mais um dia de protesto contra o presidente Michel Temer (PMDB) e por novas eleições, em São Paulo, teve o auge na porta casa do peemedebista. Em ato que desta vez não terminou em quebradeira como os anteriores, cerca de 15 mil pessoas, incluindo o candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT), marcharam do Largo do Batata até Alto de Pinheiros, bairro onde Temer tem uma casa na capital paulista.

O protesto começou com o militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Josué Rocha, lendo uma carta contra 'a ação da polícia' endereçada ao governador Geraldo Alckmin.

"A ação desproporcional e truculenta da PM é inadmissível em um Estado de direito. É um padrão que se repete no dia a dia contra o povo pobre das periferias. O uso da violência atinge o coração do regime democrático. A preservação da ordem não pode justificar o uso da violência desproporcional, o excesso e o arbítrio. Se se quer preservar o direito democrático, essas coisas não podem prevalecer.", disse o militante do grupo especializado em promover badernas, invasões e quebradeiras pelo país e que acha que a polícia não deve intervir para restaurar a ordem.

No ato, o candidato a vereador Suplicy, que ganhou um beijo de uma manifestante, como sempre criou situações para aparecer e caricaturalmente fez uma sugestão ao presidente Michel Temer:

"Se for vontade dele efetivamente pacificar o País, ele tem um caminho. Qual é o caminho? O caminho é ele junto com o Congresso Nacional convocar uma consulta popular no próximo dia 2 de outubro sobre o interesse das pessoas em que ele siga na presidência do País."

Pizza: STF atropela Constituição e por enquanto mantêm direitos políticos de Dilma

Em mais um capítulo da novela do impeachment, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber negou nesta sexta-feira (9) quatro pedidos de medida liminar que queriam suspender a habilitação da ex-presidente Dilma Rousseff para o exercício de funções públicas. Os pedidos haviam sido feitos em mandados de segurança ingressados pelo PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade, pelos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Álvaro Dias (PV-PR) e pelo PSL.

Os partidos alegam que a votação fatiada ocorrida no plenário do Senado, que livrou Dilma Rousseff da inabilitação para assumir cargos públicos por oito anos, contraria o texto expresso na Constituição. A realização de duas votações criou um racha na base aliada do presidente Michel Temer, apesar da participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na costura da estratégia que suavizou a pena de Dilma.

PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade alegam que foi inconstitucional a segunda votação do impeachment realizada como destaque, tendo em vista que, a partir do momento em que o resultado da primeira votação - pela cassação de Dilma - reconhece a existência de crime de responsabilidade, a pena de inabilitação para o exercício de funções públicas "é vinculada e não pode ser afastada".

As siglas ressaltam que não pretendem "rever, anular ou suspender o julgamento concluído pelo Senado, mas de garantir que a aplicação da pena incida de forma vinculada a partir do julgamento que concluiu que a então presidente cometeu crimes de responsabilidade".

A votação fatiada provocou a reação de ministros da Suprema Corte, sendo considerada algo "no mínimo, bizarro" pelo ministro Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Antes de indeferir os pedidos de medida liminar, a ministra Rosa Weber já havia decidido negar a continuidade de mandados de segurança propostos por cidadãos comuns e associações.

Manifestação
A votação fatiada do processo de impeachment que resultou na cassação de Dilma Rousseff foi defendida pela Advocacia do Senado Federal, em manifestação enviada ao STF.

"O plenário foi exaustivamente instruído quanto às normas regimentais e constitucionais pertinentes e, ao final, tomou uma decisão soberana", sustenta o parecer da Advocacia do Senado Federal.

De acordo com o órgão, não se pode agora questionar a votação fatiada "por mera insatisfação com o resultado do julgamento".

"Diversamente do que defendem as impetrações, o destaque para votação em separado não foi um expediente astucioso, engendrado para fraudar a aplicação da pena de inabilitação. Os senadores que entendiam impossível cindir as duas penas não tiveram seu direito de se manifestar em sentido contrário violado, pois puderam votar livremente pela aplicação de ambas as penas", conclui o parecer.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Gilberto Carvalho, ex-ministro de Lula, promove manifestação contra Temer, em Brasília

Para Carvalho, os movimentos sociais não vão sair da rua, já que o novo governo é "um golpe no direito dos trabalhadores e vai fazer a desgraça do País".

Responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com movimentos sociais no primeiro mandato de Dilma Rousseff, o ex-ministro Gilberto Carvalho compareceu na manhã desta quarta-feira, 7, à manifestação em Brasília contra o governo de Michel Temer. Na avaliação de Carvalho, os movimentos sociais não vão sair da rua, já que o novo governo é "um golpe no direito dos trabalhadores e vai fazer a desgraça do País".

"Esse é um golpe não só de tirar a Dilma, mas é um golpe dos direitos dos trabalhadores. Cada medida que eles mandam para o Congresso vai numa direção só: tirar os direitos sociais", disse Carvalho, que chefiou a Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Para o petista, com o governo de Michel Temer, "vai voltar a fome no Nordeste e a morte de crianças". "Eles (Temer e aliados) estão pagando um preço para o capital, que foi quem financiou o golpe maldito, que vai fazer a desgraça do País. Por isso que estamos na rua e não vamos sair da rua", afirmou.



Por volta das 12h45, a maioria dos manifestantes já deixava as proximidades do Congresso Nacional e retornava para o Museu da República - que foi o local de concentração do protesto.

Confusão

Um pouco antes, por volta das 12h30, a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Uma briga envolveu manifestantes, jornalistas e a polícia, o que motivou a ação da PM. Um dos manifestantes tentou quebrar a câmera de um cinegrafista, dando chutes e puxando o equipamento.

A confusão começou quando alguém jogou uma garrafa de água sobre um repórter. Houve bate boca e o confronto cresceu. Próximo ao Congresso Nacional, um pequeno grupo que pedia intervenção militar já tinha se estranhado com outros manifestantes contra o governo Temer. Dois manifestantes foram detidos pela polícia. A deputada Erika Kokay (PT-DF) tentou liberar a dupla.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

É para rir: Sem coordenar as idéias, Dilma pretende escrever livro sobre o impeachment

O PT divulgou hoje uma notícia que soa como uma piada:
Afastada da presidência, Dilma Rousseff (PT) planeja escrever um livro contando os bastidores políticos do processo de impeachment, de acordo com informações de sua assessoria. O livro deve abordar ações de seu mandato. Deve-se também esperar pérolas ortográficas e desconexão de idéias, visto que a 'ex-presidenta' não consegue escrever o 'Ó com o copo'.

Dilma está em Porto Alegre desde a noite de terça-feira (6). Ela foi recebida com flores por simpatizantes na base Aérea de Canoas, na região metropolitana, onde seu último voo com avião da FAB aterrissou. Ela também deve participar de comícios em eleições municipais.

Na manhã desta quarta-feira (7), Dilma não fez o tradicional passeio de bicicleta pela orla do rio Guaíba, cartão-postal da capital gaúcha. O mau tempo, com vento intenso e garoa, pode ter colaborado com a decisão de ficar no seu apartamento, na zona sul da cidade.Além disso, a avenida Beira Rio, onde fica a ciclovia, foi bloqueada durante o desfile comemorativo da Independência do Brasil, pela manhã.

Dilma deve optar por descansar com a família antes de iniciar viagens pelo país para participar de campanhas e comícios de candidatos das eleições municipais, de acordo com sua assessoria.

A participação de Dilma no comício da candidata Alice Portugal (PCdoB), em Salvador (BA), na próxima sexta-feira (9), não está confirmada por sua equipe. Mas sua assessoria informa que ela deve viajar por diversas cidades para fazer campanha.

No final da tarde de terça (6), Dilma era esperada pelos manifestantes de um ato contra o presidente Michel Temer (PMDB), mas optou para ir direto para sua casa.O ato reuniu 15 mil pessoas, de acordo com a organização do protesto. A Brigada Militar (a PM gaúcha) não informou o número de manifestantes presentes.

No início da tarde desta quarta, o movimento em frente ao apartamento da ex-presidente foi tranquilo. Dilma mora perto da filha Paula, mãe de Gabriel e Guilherme, e também do ex-marido, o advogado trabalhista Carlos Araújo.Duas senhoras deixaram na portaria do prédio uma correspondência de apoio à Dilma, por volta das 14h40. As mulheres não quiserem se identificar ou dar mais detalhes. ´

Triste sina: petistas abandonam animal pela segunda vez

Na mudança que partiu para Porto Alegre, entre os pertences levados pela ex-presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira, não estava o labrador Nego, estrela da campanha presidencial de 2010. Tão pouco, o fiel amigo dos homens embarcou no avião que selou de vez a desastrosa administração petista de 13 anos.

Segundo a versão ofial da petista, o cão não pôde acompanhar a petista por causa de sua saúde frágil e aos 14 anos, ele tem dificuldades para caminhar e se alimentar. Dilma disse que uma veterinária recomendou não submetê-lo a uma longa viagem.

O cão não deu sorte. Essa é a segunda vez que o labrador é abandonado. Em 2005, Nego foi herdado por Dilma depois de ser deixado na residência oficial da Casa Civil pelo ex-ministro José Dirceu. É muito azar para um animal que aprende a amar seu dono sem olhar para os defeitos dele.

Neste caso não adiantou toda fidelidade do mundo, petistas amam somente o poder e o dinheiro.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Acabou a mamata! Dilma desocupa o Palácio da Alvorada

A ex-presidente Dilma Rousseff deixou na tarde desta terça-feira (6) o Palácio da Alvorada, a residência oficial que ocupou durante quase seis anos. Dilma saiu pontualmente às 15h30, desceu do carro e ficou cinco minutos cumprimentando manifestantes que se aglomeravam diante do Alvorada.

Um grupo de aproximadamente 200 pessoas ficou horas no sol para se despedir da petista, que estava acompanhada por senadores, deputados e ex-ministros. Aos gritos de "Nós voltaremos" e "fora, Temer", muitos carregavam bandeiras do PT, de trabalhadores na agricultura e até da campanha presidencial de 2014. A música da campanha, "Coração Valente", tocava em alto volume. "Muito obrigada a vocês", disse ela.

Seis dias após o Senado aprovar o seu impeachment, por 61 votos a 20, Dilma seguiu para a Base Aérea de Brasília, de onde embarcaria por volta de 16h para Porto Alegre. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousará em Canoas.

Mulheres jogaram pétalas vermelhas no asfalto por onde o comboio de dez carros passou, à saída do Alvorada. "Dilma, guerreira, da pátria brasileira", gritavam os manifestantes. "Pisa ligeiro, pisa ligeiro. Quem não pode com a mulher não assanha o formigueiro."

Dirigentes do PT e de movimentos sociais preparam uma recepção para ela, ainda nesta terça-feira, na Base Aérea de Canoas (RS), perto de Porto Alegre. Os ex-governadores do Rio Grande do Sul Tarso Genro e Olívio Dutra, ambos do PT, estarão presentes na manifestação de apoio, além de deputados, senadores e ex-ministros.

A partir de agora, Dilma terá direito a oito servidores de livre escolha, com salários que vão de R$ 2,2 mil a R$ 11,2 mil, e também a dois carros. Os direitos dos ex-presidentes são regidos pela lei 7.474, de 1986, e pelo decreto 6381, de 2008. Dos oito funcionários, quatro são para prestar serviços de segurança e apoio pessoal, dois para assessoria e outros dois são motoristas.

Dilma vai morar em Porto Alegre, mas pretende passar temporadas no Rio de Janeiro, local considerado mais estratégico para uma atuação política. Apesar da aprovação do impeachment, o Senado decidiu liberar a presidente cassada para ocupar cargos públicos e até disputar eleições.

No último dia 31, quando perdeu o mandato, Dilma fez um duro pronunciamento no Alvorada, no qual prometeu denunciar em todos os fóruns o que chamou de "golpe" de Estado.

"Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer", afirmou ela, naquele dia, acompanhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ex-ministros, senadores, deputados, dirigentes e militantes do PT.

Dilma planejava deixar o Alvorada antes da chegada do presidente Michel Temer a Brasília. Temer, porém, antecipou sua volta da China, onde participou da reunião de Cúpula do G-20, e já está na capital federal.

Haddad, o segundo poste do ex-presidente Lula, esconde o criador na propaganda do PT em São Paulo

Ao contrário da campanha eleitoral que o levou à prefeitura em 2012, Fernando Haddad (PT) não conta com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral na televisão. Em busca da reeleição na cidade que foi epicentro dos protestos contra o PT e desaprovado por 76% da população (segundo Ibope), Haddad faz uma campanha afastado da legenda – ao menos, no slogan e nos cartazes.

No segundo semestre de 2012, ainda que recém-saído de um tratamento contra um câncer na laringe, o ex-presidente Lula participou ativamente da campanha dos candidatos petistas. E a de Haddad recebeu atenção especial. Logo na primeira propaganda na TV, Lula ganhou um papel de destaque e fez a apresentação do seu afilhado político: “Eu lhe conheço. Sei que você pode fazer bastante pelo paulistano, sobretudo pelo mais pobre e pela classe média. Por isso, eu lhe apoio”, disse no programa inicial.

De acordo com membros da campanha, Haddad deve usar agora os 2 minutos e 35 segundos na TV para evidenciar realizações nas áreas de mobilidade, saúde e educação. Ele dirá que as mortes no trânsito diminuíram por causa da redução da velocidade nas marginais, que bateu o recorde na criação de vagas no ensino infantil e que entregará três hospitais – um já concluído e dois ainda em obras. Em 2012, ele tinha 7 minutos e 39 segundos.

Como ironiza a campanha adversária, quando alguém pergunta onde a cidade de São Paulo funciona, um senhor responde 'na propaganda do PT', numa clara paródia da propaganda do posto Ypiranga.

Na mira da Lava Jato, Lula deve ter atuação bem mais discreta na campanha de Haddad neste ano, restringindo-se a aparecer em eventos sindicais ou na periferia, setor em que o prefeito petista enfrenta dois fortes concorrentes: Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB). Passados quatro anos da eleição de Haddad, o “segundo poste” tenta agora esconder seu criador.

A sequência do discurso de Lula no primeiro programa eleitoral do prefeito petista em 2012 é uma clara mostra do discurso que se esgotou: “Foi por isso que eu também apoiei a Dilma. Pouca gente acreditava nela, mas confiou no que eu dizia. Hoje, mais que nunca, o Brasil sabe que votou na pessoa certa. Tenho certeza que os paulistanos vão te conhecer melhor”.

"Quem planta rabanete, colhe rabanete", diz PM sobre manifestante que ficou cega em protesto

À frente da PM nas manifestações contra o presidente Michel Temer na capital paulista, o tenente-coronel Henrique Motta ironizou a situação da estudante Deborah Fabri, 19 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingida por fragmentos de uma bomba lançada pela Polícia Militar de São Paulo durante o protesto contra Temer na última quarta-feira.

Em seu perfil oficial no Facebook, o oficial compartilhou uma postagem da página de direita "socialista de Iphone" com dois tuítes da estudante, um de novembro de 2015 no qual ela defendia "qualquer ato de qualquer destruição em protesto" com "objetivos políticos sólidos" e outro da semana passada no qual ela informa que deixou o hospital.

O ferimento de Deborah Fabri teria sido causado por estilhaços de bombas lançadas por policiais militares durante o protesto. Este é o terceiro caso em três anos em que manifestantes ou profissionais de imprensa ficam cegos de um dos olhos em consequência à ação policial de repressão a protestos de rua na capital paulista.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Medo de parar de vender gás ao Brasil: Bolívia diz que reação do governo à criticas contra impeachment é 'precipitada'

A chancelaria boliviana classificou nesta segunda-feira de “precipitada” a reação do novo governo do Brasil, que criticou a decisão de La Paz de chamar seu embaixador para consulta, após o impeachment de Dilma Rousseff.

O ministro David Choquehuanca disse à AFP que “são precipitadas as declarações de nosso irmão chanceler” do Brasil, José Serra, que afirmou que a Bolívia usa o conflito político brasileiro para distrair sua população dos problemas internos e que La Paz deu um “tiro no pé”, ao chamar seu embaixador para consultas.

A Bolívia criticou o impeachment de Dilma e se uniu a outros países que integram a Alba, como Venezuela, Equador e Nicarágua, que expressaram ser contrários ao processo parlamentar que tirou a ex-presidente do poder.

“Eu não sei, por que essas declarações, todos os presidentes podem chamar seus embaixadores para consulta, porque querem ter informação direta”, afirmou o chefe da diplomacia boliviana, que esclareceu que seu governo não retirou seu embaixador em Brasília, como fez a Venezuela.

O embaixador boliviano José Kinn já se encontra na Bolívia, confirmou Choquehuanca, que informou que não dará qualquer explicação ao país vizinho. “Ninguém tem que explicar nada a ninguém, não temos por que dar explicações a alguém, soberanamente os países decidem convocar seus embaixadores”, afirmou.

“Às vezes a pessoa se emociona, não se controla, sai do controle, isso acontece com todas as pessoas, com as autoridades, com os dirigentes de futebol, com os sindicatos, e depois basta refletir”.

Perguntado pela AFP se o novo cenário político no Brasil e as críticas de La Paz ao impeachment afetariam a nova negociação bilateral em andamento para ampliar um contrato de compra-venda de gás, Choquehuanca disse esperar que isso não aconteça.

Bolívia e Brasil estão unidos por uma fronteira comum de 3.133 quilômetros e parte das receitas econômicas bolivianas dependem de seus 30 milhões de metros cúbicos diários de gás que vão, principalmente, para São Paulo.

Evo Moralez pode ver a grave crise que afeta seu país se agravar ainda mais se o Brasil endurecer sua posição após sua reação contra o impeachment de Dilma. Grande parte da população brasileira não esquece o episódio que culminou com a tomada de uma refinaria brasileira da Petrobrás pelo país vizinho. Na ocasião, o ex-presidente Lula, aliado do Boliviano, deixou o assunto de lado e não batalhou pelos interesses do país.

Carteira do songo-mongo Suplicy é roubada em protesto do PT

O songo-mongo candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT) teve sua carteira roubada neste domingo (4) ao participar dos protestos contra o presidente Michel Temer (PMDB) na capital paulista. Aos 75 anos, Suplicy se deu conta que havia sido furtado ao ir para uma lanchonete após o fim da manifestação, que se encerrou no Largo da Batata, na região oeste de São Paulo.

Ele anunciou o fato em seu perfil oficial no Facebook e pediu nesta manhã para quem encontrar a carteira contatá-lo, além de também fazer um Boletim de Ocorrência digital. Até às 12h30 desta segunda-feira (5) porém, o ex-senador ainda não havia tido nenhum retorno.

Não é a primeira vez que o petista é roubado na capital paulista Há três anos, durante a Virada Cultural, ele teve carteira, celular e documentos furtados durante o show de Daniela Mercury e Zimbo Trio. Ele foi furtado enquanto cumprimentava o público na Estação Júlio Prestes.

Na ocasião, Suplicy subiu ao palco e fez um apelo junto à cantora para que pelo menos os documentos, o celular e os cartões fossem devolvidos - o que ocorreu cerca de 15 minutos depois.

PM acaba com baderna de petistas em SP e Lindbergh diz que vai denunciar Corporação à OEA

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta segunda-feira (5) que entrará com uma representação na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a atuação da Polícia Militar no protesto antigoverno deste domingo (4).

O ato, que pediu a saída do presidente Michel Temer e a realização de novas eleições, foi pacífico na maior parte do tempo, mas acabou em confusão e bombas de gás no largo da Batata, em Pinheiros.

"Eu acho que o objetivo da PM é passar aquela imagem [de confronto] para pôr medo na população, para que não saia às ruas", afirmou durante entrevista coletiva no Sindicato dos Jornalistas, no centro de São Paulo.

O senador, que compareceu ao ato de domingo, disse que os manifestantes não tomaram nenhuma atitude que justificasse a intervenção da PM. Ele disse que também foi atingido pelas bombas de gás.

"Não podemos nos calar frente à gravidade do estamos vivendo. Há uma escalada de violência. [...] Acho que isso [a denúncia à OEA] pode intimidá-los", disse.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a denúncia será feita à OEA porque o Ministério Público de São Paulo, que teria a tarefa de fiscalizar a PM, tem se omitido.

Os petistas ainda acusaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de agir para desestimular manifestações contra o governo de Michel Temer (PMDB-SP).

"É uma ação orientada entre Temer e Alckmin. É Alexandre de Moraes [PSDB-SP], que era secretário de Segurança Pública em São Paulo e agora é ministro da Justiça, tentando impor sua narrativa", disse Lindbergh.

"O governador tem que responder por que a polícia está atuando dessa forma", afirmou Teixeira.

Ambos também criticaram a detenção de 26 pessoas antes do ato de domingo na zona sul de São Paulo. Segundo a PM, eles carregavam pedras e paus e foram levados ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Os petistas ainda anunciaram que devem organizar um novo protesto no próximo domingo (11). Segundo eles, parlamentares e artistas serão convidados para formar um "cordão" de proteção aos manifestantes. Nesse domingo, isso também foi feito, a confusão aconteceu já na dispersão do ato.

Além de Lindbergh e Paulo Teixeira, estiveram presentes o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o secretário municipal de Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), o vereador Nabil Bonduki (PT-SP) e representantes de movimentos sociais como MST (Movimento dos Sem-Terra) e CMP (Central de Movimentos Populares).

domingo, 4 de setembro de 2016

Complicando: Além de Cerveró, Lula atuou para comprar silêncio de Marcos Valério, delata Delcídio Amaral

Réu em Brasília, prestes a ser réu em três processos na ‘República de Curitiba”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de ser surpreendido por um terrível ‘fantasma’ do passado.

A delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral acusa Lula de ter feito parte de um esquema armado para comprar o silêncio do empresário Marcos Valério, o operador do ‘mensalão’.

O ministro Teori Zavascki já determinou a apuração do caso.

Na condição de relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro também determinou o compartilhamento de todas as informações com o inquérito que apura todo o esquema de corrupção na Petrobras.

A decisão demonstra claramente que o relator da Lava Jato admite a existência de um elo de ligação entre mensalão, petróleo, Lula e PT.

De acordo com a delação do ex-senador, além de Lula, teriam participado do esquema para silenciar Marcos Valério, o ex-ministro Antonio Palocci e Paulo Okamotto.

A boca de Marcos Valério teria sido fechada por R$ 220 milhões e o dinheiro teria sido viabilizado por Pallocci e Okamotto junto às empreiteiras atuantes no ‘Petrolão’, por determinação de Lula.

No próximo dia 12 de setembro, Marcos Valério deverá prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, em Curitiba.

Finalmente PSDB fala grosso com Temer e diz que 'não quer ser sócio do fracasso'

O presidente Michel Temer (PMDB) já gastou a lua de mel dos primeiros cem dias na Presidência da República e agora termina também a trégua dada pelo PSDB. Os tucanos se insurgem contra medidas consideradas eleitoreiras e cobram que Temer assuma imediatamente ações amargas de ajuste fiscal, como o envio ao Congresso das reformas trabalhista e da Previdência e o fim da gastança com reajustes salariais.

“Tenho confiança que o presidente Temer perceberá que tem que liderar essa agenda rápido. Não queremos ser sócios de um fracasso anunciado”, diz Aécio Neves, presidente do PSDB.

“Se o PMDB não assumir as medidas amargas do ajuste, não vamos ficar de bucha de canhão”, afirma o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

Nos próximos dois anos, o comandante do governo de coalização terá que contrariar interesses no Congresso e tomar um caminho na encruzilhada entre o espírito de austeridade do PSDB e o DNA gastador e populista do centrão e do PMDB frente à pressão das corporações.

Os peemedebistas dizem que já era previsível essa relação tensa com o aliado devido ao projeto de poder do PSDB em 2018. Já os tucanos afirmam que não aceitarão ser o que o PMDB foi do PT durante os últimos 13 anos. “Vai ser difícil Temer se equilibrar nessa encruzilhada. Hoje, o líder da gastança é o PMDB. Temer não será burro de repetir Dilma. O PMDB está virando o PT do Temer”, diz o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE). “E os tucanos viraram o nosso PMDB da era Lula e Dilma”, responde um ministro peemedebista, lembrando a queixa permanente do PMDB de ter papel figurativo nos ex-governos.

Nas últimas semanas, o projeto de reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da defensoria pública colocou em lados opostos os aliados governistas. As cúpulas do PSDB e do DEM fizeram duras críticas à flexibilização da equipe econômica em relação aos aumentos salariais. E a relação ficou complicada, com ataques pesados dos dois lados nos bastidores, chegando a ameaças de ruptura ou apoio crítico independente.

De um lado, os peemedebistas enxergam no principal aliado um discurso que justifique um eventual desembarque. Do outro, os tucanos acusam o PMDB de faturar com bondades, deixando o ônus de brigar pelo aperto fiscal para PSDB e DEM. O PSDB exigiu que Temer, já no pronunciamento após o impeachment, anunciasse seu comprometimento com a agenda de reformas para consolidar a credibilidade do governo nos próximos dois anos.

Ministérios
Reforma. Temer disse que “não está pensando” em reforma ministerial no momento. “Para ser franco, nem tive tempo de pensar e nem penso no momento”, disse a jornalistas na China.



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