“Não resta dúvida que a democracia brasileira e nossas instituições demonstraram solidez e vigor durante um processo conduzido de modo totalmente pacífico, dentro das normas constitucionais vigentes e sem qualquer restrição às liberdades de expressão e de associação”, afirmou Machado e Costa que também lamentou as manifestações de países “vizinhos e amigos” contra o governo brasileiro.
Sullivan adotou o mesmo discurso usado pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a 20ª Conferência do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em Washington. Segundo o vice de Barack Obama, “no Brasil, o povo, seguindo a sua Constituição para navegar um momento econômico e político difícil, obedecendo aos procedimentos estabelecidos para tratar da transição de poder”. Afirmou ainda que “os Estados Unidos vão continuar a trabalhar de perto com o presidente Temer […] porque a relação entre democracias parcerias não é baseada na relação entre líderes, é baseada em uma forte relação entre os dois povos”.
Juan José Arcuri, presidente do Conselho Permanente da OEA, afirmou que o posicionamento dos países contra o impeachment no Brasil parece um “capricho” e afirmou que “as democracias não se esgotam com as eleições”. Ele acredita que o tema não voltará ao debate no Conselho Permanente, mesmo que o secretário-geral da OEA, luis Almargo, seja contra o impeachment. “Isso seria a opinião pessoal do secretário”, concluiu Arcuri.
Por outro lado, as nações que criticam Temer, como Bolívia, Venezuela, Equador e Nicarágua, continuaram questionando a legitimidade do mandato do peemdebista. Vale ressaltar que o Brasil tem um papel importante na relação entre os EUA e os “bolivarianos” – são os brasileiros os responsáveis pela ponte entre os americanos e as nações bolivarianas.
A OEA ainda analisará o pedido protocolado pelo PT na Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) denunciando que há um rompimento democrático no Brasil após o impeachment de Dilma.
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