O relatório 2016/17 do sobre a competitividade global acaba sendo um retrato acabado do fracasso da gestão da então presidente Dilma Rousseff desde o fim de seu primeiro período (2011/2015).
O Brasil caiu da 48ª posição no ranking global, em 2012/2013 —entre 144 países—, para a 81ª agora —mas apenas entre 138 países. Ou seja, está abaixo da metade da tabela.
A queda brasileira foi tão impactante que o país deixou de figurar no "top 10" de competitividade entre os países da América Latina e do Caribe. Fica atrás não só de um clássico entre os países da região, em termos de desempenho, como é o caso do Chile, mas também de um país tremendamente pobre, a Guatemala.
O retrocesso do Brasil foi contínuo nos anos Dilma: 48º lugar em 2012/2013; 56º em 13/14; 57º no período seguinte; 75º em 2015/2016, para desabar seis posições e terminar em 81º em 2016/17.
Como era previsível, foi nos itens relacionados ao desempenho macroeconômico que o país recebeu as piores avaliações: em "ambiente macroeconômico", ocupa a 126ª colocação entre os 138 países pesquisados. Pior ainda é a posição em "eficiência do mercado de bens" (128º lugar).
O relatório lembra, a propósito, a "profunda recessão" que o Brasil está enfrentando e que a taxa de crescimento declinou firmemente, de uma média anual de 4,5% entre 2006 e 2010, ainda no período Lula, para 2,1% entre 2011 e 2014, de acordo com o Banco Mundial.
A queda brasileira, diz o relatório, "é provocada principalmente pela deterioração dos mercados de bens, de trabalho (leia-se: desemprego) e financeiro". Acrescenta: "No plano institucional, a segurança se deteriorou e também a percepção da qualidade da administração do setor público".
O documento traz para o topo dos "fatores mais problemáticos para fazer negócios" um clássico nesse tipo de consulta: impostos e a regulação deles. Para 15,9% dos pesquisados, impostos é o maior problema, ao passo que 12,5% apontam a regulação das taxas.
Mas a corrupção ocupa lugar igualmente privilegiado entre os fatores que entravam os negócios, mencionada por 13,6% dos pesquisados. Resultado perfeitamente previsível em tempos de Lava Jato e prisões em sequência de empresários de grosso calibre.
O relatório elogia o combate à corrupção, um endosso à Lava Jato, sem mencionar nominalmente a operação.
No global, a Suíça ocupa o primeiro lugar em competitividade, pelo oitavo ano consecutivo, seguida por Cingapura e Estados Unidos. Depois, vêm Holanda e Alemanha, completando o "top 5".
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