Bumlai, investigado sob suspeita de repassar dinheiro ao PT e de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, estava em casa, usando tornozeleira eletrônica, para um tratamento médico.
A defesa de Bumlai, que tem 71 anos, pedia a prorrogação da prisão domiciliar, argumentando que o empresário precisa se submeter a um programa de reabilitação cardíaca três vezes por semana.
Moro, porém, entendeu que os indícios contra o suposto pecuarista "se agravaram" – já que, além de réu na Lava Jato, ele também foi denunciado sob acusação de obstrução da justiça no STF (Supremo Tribunal Federal), por participar do plano de fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.
O empresário ainda é investigado por benfeitorias no sítio de Atibaia, que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo. Também pesam contra ele suspeitas de ter intermediado repasses de propina a políticos e agentes públicos.
"O risco à instrução e à investigação que motivou a preventiva não só é atual, como foi reforçado", disse Moro, em seu despacho.
Para o juiz, a saúde de Bumlai está "estabilizada", já que o tumor regrediu e o tratamento contra a doença foi finalizado.
As novas etapas do tratamento serão aplicadas na própria carceragem da Polícia Federal em Curitiba, determinou o magistrado – ou, se necessário, em hospitais privados da cidade, com escolta policial.
Bumlai deverá se apresentar à PF no dia 23 de agosto.
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