Renan se queixou das críticas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), com quem discutiu mais cedo no plenário. "Vou propor um agravamento da pena por ingratidão no Código Penal", ironizou.
O peemedebista repetiu que intercedeu a favor da senadora quando a Polícia Federal fez buscas em seu apartamento funcional e quando ela foi indiciada na Operação Lava Jato.
O senador também reclamou das cobranças dos dilmistas Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB). "O Lindbergh me acusar de estar jantando com o Michel [Temer]? Ele devia acusar os adversários dele lá do Rio", disse.
Apesar das queixas, Renan disse estar arrependido do confronto com Gleisi. "Eu me arrependo. Eu não devo responder a provocações", afirmou. "Depois eu tenho uma ressaca brutal. Eu não sou talhado para isso."
Questionado se já havia recebido um pedido de desculpas da petista, Renan voltou a ser irônico. "Parece que ela me ligou, mas eu não consegui atender", disse.
Renan negou que o bate-boca tenha sido um sinal de que ele pretende votar a favor do impeachment. O senador se absteve em todas as votações do processo até aqui.
"Quem está especulando sobre isso é porque realmente não me conhece", disse. "Eu ainda não decidi, estou refletindo. Este processo é longo e traumático. E a reflexão também."
DILMA
O presidente do Senado disse que espera menos confrontos no depoimento de Dilma, marcado para segunda (29). "Acho que vai ser mais civilizado do que esta sexta", disse.
Ele acrescentou que visitou a presidente três vezes desde que ela foi afastada, em maio. "Garanti todos os direitos dela. Fiz o que humanamente era possível", afirmou.
Indicando que considera o impeachment inevitável, Renan acrescentou que pretende viajar para a China com Temer na semana que vem, após o fim do julgamento.
No pastelão promovido no Senado, só faltou no final Renan cantar para os petistas: "Você pagou com traição... a quem sempre lhe deu amor..."
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