"Não renunciei porque hoje temos espaço democrático. Eles não me obrigaram a me suicidar, como obrigaram o Getúlio e não fui obrigada a pegar um avião e ir para o Uruguai como fizeram com o Jango [o também ex-presidente João Goulart]", disse Dilma em ato organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne movimentos de esquerda, na Casa de Portugal, em São Paulo.
Dilma voltou a comparar o presidente interino Michel Temer e seu entorno a "parasitas", dizendo que se "considerarmos que a democracia é uma árvore, este golpe parlamentar é como um ataque de parasitas, que assumem lentamente o controle dessa árvore".
A presidente afastada afirmou que não vai ao Senado na próxima segunda-feira (29) "por causa de seus belos olhos", mas sim porque acredita na democracia. Dilma também disse que "lutou contra a tortura, contra um câncer e agora vai lutar em qualquer disputa".
Sem citar Temer e referindo-se aos senadores que decidirão seu futuro político, ela disse que "quando não se é capaz de passar pelo crivo do voto de um colégio eleitoral com 110 milhões de pessoas, se substitui esse colégio por 81 pessoas".
Na verdade, se não fosse a aliança com o PMDB, a Dilma não se elegeria, pois legenda tem a maioria dos governadores no Brasil e maioria no Senado. Só o PT, nem chegaria ao segundo turno.
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