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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Marta Suplicy renega passado petista e diz que "nunca foi de esquerda"

A candidata a prefeita de São Paulo Marta Suplicy afirmou em entrevista à Folha, nesta segunda-feira (19), que nunca se apresentou como uma pessoa de esquerda, ao comentar sua saída do PT e ingresso no PMDB, partido do presidente Michel Temer.

"Tem valores tão, tão retrógrados que são chamados de esquerda que eu não me identifico em absoluto", declarou.

Para a senadora licenciada, que, pelas pesquisas, disputa com João Doria (PSDB) uma vaga no segundo turno, o empresário não tem experiência para administrar São Paulo porque o seu ramo é o de lobby empresarial usando patrocínio público.

Folha - Por que a sra. saiu do PT no ano passado? Foi por falta de espaço? Marta Suplicy - É muito complexo. Eu ajudei a construir o PT, eu acreditei na busca por valores éticos. Me empenhei muito pela questão da mulher, LGBT. Foram 33 anos de construção. Eu comecei a perceber que os dirigentes estavam com rumos que não eram os rumos pelos quais o partido foi criado. Então não foi uma coisa fácil, foi uma coisa de sofrimento.

A sra. pediu voto para Fernando Haddad em 2012. Fiz muito mais do que apoiar, eu fiz campanha de rua. E eu acreditava que ele poderia ser um prefeito muito melhor do que ele foi.

A sra. sempre foi vista como progressista. Hoje, está aliada a setores considerados mais conservadores... Por quem? Não pelo povo. Você está equivocado. Pela Folha, pela mídia, por algumas pessoas. Pelo povo não.

A sra. hoje se classificaria como sendo de esquerda?
Olha, eu nunca nem me coloquei assim, né? Eu acho que neste mundo hoje depende do que você chama de esquerda. Tem valores tão, tão retrógrados que são chamados de esquerda que eu não me identifico em absoluto. Eu tenho valores que eu diria que são cada vez mais de inclusão das pessoas, de respeito à cidadania. A sra. se constrange de estar no partido de Eduardo Cunha?
Todos os partidos grandes têm pessoas investigadas e pessoas conservadoras. O que me atraiu no PMDB é a capilaridade, estrutura partidária forte no Senado. É um partido que não tem cabresto, não tem encaminhamento de votos, as pessoas ali têm muita independência.

Doria diz que seu jeito de governar é petista.
A minha imagem não está mais associada ao PT. O próprio povo já sabe disso. Agora, essa história de dizer que não é político é extremamente equivocada. Haja vista Pitta, que era um grande gestor, Dilma, que se achava uma grande gestora, o próprio Haddad, que se acha gestor. A vocação para ser empresário é uma vocação que visa o lucro. Nada contra. Mas ter a preocupação de gerar lucro significa cortar, significa diminuir determinados tipos de investimento, que ele até já explicitou. Ele [Doria] junta pessoas para fazerem negócios, geralmente com patrocínio, e patrocínio estatal -patrocínio do PT, bastante, R$ 2 milhões-, patrocínio do Estado -R$ 1 milhão para a revista "Caviar". Então, ele faz essas junções, né? Isso é lobby, né? Que existe, não é ilegal. Mas a prefeitura é muito mais que isso.

Ser aliada do Temer dá votos ou tira votos?
A Presidência da República tem muita capacidade de ajudar. O presidente vai tentar fazer o melhor na negociação. As reformas nem começaram e vamos ver como elas vão caminhar. Já na época da votação quando a Dilma fez o ajuste fiscal, o primeiro, eu votei contra, não é justo que o trabalhador pague essa conta. Não é justo mesmo.

3 comentários:

  1. Essa mulher é doente, mas coitada ela tem que escutar as musicas do Supla, não tem quem aguente.

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  2. é o mesmo lixo mas em caçamba nova.... cheira mal do mesmo jeito e não adianta mudar de partido ou tomar banho de perfume!

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  3. Admiro ela por 2 motivos: primeiro ter se separado daquele mocorongo do Suplicy e segundo porque parou de usar drogas pois saiu do PT, isso sim são virtudes. Mas como prefeita de São Paulo não posso opinar pois nunca morei em Sampa.

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