O ato, que pediu a saída do presidente Michel Temer e a realização de novas eleições, foi pacífico na maior parte do tempo, mas acabou em confusão e bombas de gás no largo da Batata, em Pinheiros.
O senador, que compareceu ao ato de domingo, disse que os manifestantes não tomaram nenhuma atitude que justificasse a intervenção da PM. Ele disse que também foi atingido pelas bombas de gás.
"Não podemos nos calar frente à gravidade do estamos vivendo. Há uma escalada de violência. [...] Acho que isso [a denúncia à OEA] pode intimidá-los", disse.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a denúncia será feita à OEA porque o Ministério Público de São Paulo, que teria a tarefa de fiscalizar a PM, tem se omitido.
Os petistas ainda acusaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de agir para desestimular manifestações contra o governo de Michel Temer (PMDB-SP).
"É uma ação orientada entre Temer e Alckmin. É Alexandre de Moraes [PSDB-SP], que era secretário de Segurança Pública em São Paulo e agora é ministro da Justiça, tentando impor sua narrativa", disse Lindbergh.
"O governador tem que responder por que a polícia está atuando dessa forma", afirmou Teixeira.
Ambos também criticaram a detenção de 26 pessoas antes do ato de domingo na zona sul de São Paulo. Segundo a PM, eles carregavam pedras e paus e foram levados ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Os petistas ainda anunciaram que devem organizar um novo protesto no próximo domingo (11). Segundo eles, parlamentares e artistas serão convidados para formar um "cordão" de proteção aos manifestantes. Nesse domingo, isso também foi feito, a confusão aconteceu já na dispersão do ato.
Além de Lindbergh e Paulo Teixeira, estiveram presentes o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o secretário municipal de Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), o vereador Nabil Bonduki (PT-SP) e representantes de movimentos sociais como MST (Movimento dos Sem-Terra) e CMP (Central de Movimentos Populares).
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